SBNeC 2010
Resumo:J.240


Poster (Painel)
J.240EFEITO ANTIDEPRESSIVO SINÉRGICO DO EXTRATO ETANÓLICO DE Tabebuia avellanedae E ANTIDEPRESSIVOS CONVENCIONAIS EM CAMUNDONGOS
Autores:Vivian Binder Neis (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Andiara Espíndola de Freitas (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Josiane Budni (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Patricia Orben Veronezi (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Moacir Geraldo Pizzolatti (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Ana Lúcia Severo Rodrigues (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

INTRODUÇÃO: Tabebuia avellanedae (Bignoneaceae), é uma árvore nativa da flora brasileira comumente conhecida como “ipê-roxo” e “pau d´arco”. Ela tem sido empregada pela medicina popular como analgésico, anti-inflamatório, diurético, antitumoral, anti-fúngico e antimicrobiano. OBJETIVOS: Considerando a estreita relação existente entre efeito analgésico e antidepressivo, este trabalho se propôs a investigar o efeito da administração combinada do extrato etanólico das cascas de Tabebuia avellanedae com antidepressivos convencionais no teste da suspensão pela cauda (TSC), o qual é um modelo preditivo de atividade antidepressiva. MÉTODOS: Camundongos Swiss fêmeas (n = 6-9/grupo), pesando 30-40 g, mantidos em temperatura constante (22-24°C) com livre acesso à água e comida, em ciclo claro escuro de 12 h foram utilizados. Os animais foram tratados por via oral (p.o.) com extrato (1 mg/kg) ou veículo, e imediatamente após, fluoxetina (1 mg/kg, p.o., inibidor da recaptação de serotonina), desipramina (0,1 mg/kg, p.o, inibidor da recaptação de noradrenalina), bupropiona (1 mg/kg p.o., inibidor da recaptação de dopamina) ou veículo. Decorridos 60 min das administrações os animais foram submetidos ao TSC ou TCA. RESULTADOS: O tratamento dos camundongos com extrato de Tabebuia avellanedae (1 mg/kg, p.o.) foi capaz de potencializar o efeito antidepressivo da fluoxetina, desipramina e bupropiona no TSC (67,3 ± 8,7%, 71,8 ± 5,3%, 58,8 ± 6,0%, respectivamente, P<0,01; média ± SEM em % de valores relativos ao grupo controle tratado com veículo =100%). Os animais co-tratados com os antidepressivos e extrato não apresentaram aumento do comportamento ambulatório no TCA (P>0,05) em relação ao grupo controle. CONCLUSÕES: O extrato etanólico das cascas de Tabebuia avellanedae co-administrado sistemicamente com antidepressivos convencionais de diferentes classes produziu um efeito antidepressivo específico no TSC. Os resultados sugerem que esta planta pode vir a ser um promissor coadjuvante na farmacoterapia clássica da depressão.


Palavras-chave:  Antidepressivos, Depressão, Tabebuia avellanedae, Teste da Suspensão pela Cauda.