SBNeC 2010
Resumo:J.104


Prêmio
J.104Potencial terapêutico de células mesenquimais da medula óssea sobre a neurodegeneração e neuroimagem utilizando nanopartículas superparamagnéticas.
Autores:Moraes Louise (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Andreia de Vasconcelos (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Fernando Freitas (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Mariana Godoy (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Jasmin Jasmin (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Julia Leal Gomes (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Wagner Cintra (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Emerson Gasparetto (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Monica Rocha (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Felippe Santiago (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro) ; Rosalia Mendez Otero (UFRJ - universidade federal do rio de janeiro)

Resumo

Neste trabalho utilizamos células-tronco mesenquimais da medula óssea para avaliar o seu potencial terapêutico em doenças neurodegenerativas como a Doença de Huntington. Esta patologia resulta do aumento de repe¬tições CAG no gene huntingtin, codificador de uma proteína fundamental para a sobrevivência: a huntingtina. A mutação resulta na degeneração de neuônios gabaérgicos estriatais levando a disfunções motoras e cognitivas e finalmente a morte do indivíduo acometido. As células-tronco (CTs) são células indiferenciadas, com capacidade de auto-renovação, que podem dar origem a mais de um tipo celular. Tais características resultam na expectativa de que estas células possuam poten¬cial terapêutico, favorecendo a recuperação funcional após lesões no sistema nervoso central. Uma das limitações à terapia celular é a necessidade de se rastrear o destino das células transplantadas. Os objetivos gerais deste projeto foram monitorar as CTs transplantadas no modelo quinolínico da doença de Huntington, utilizando estratégias para a incorporação de nanopartículas por estas células, bem como testar o potencial terapêutico destas células sobre a degeneração neuronal nesta patologia. Foram utilizadas nanopartículas de óxido de ferro recobertas por dextran (Feridex). Para a incorporação, as nanopartículas foram incubadas juntamente com as CTs e, através de reações de immunohistoquímica uti¬lizando anticorpo anti-dextran e reações histoquímicas que revelam ferro (Prussian Blue), pudemos observar a localização das CTs no corpo estriado de ratos. A vizualização in vivo das CTs injetadas foi também possível através da realização de imagens de ressonância magnética . Utilizando como marcador de degeneração o Fluorojade C, observamos que um dia após a injeção intraestriatal de CTs mesenquimais de medula óssea o número de células em degeneração no striatum não foi alterado em relação ao controle injetado apenas com salina (n = 4), porém utilizando sete dias de sobrevida observamos uma significativa redução no número de células em degeneração no striatum (n = 5, p < 0,05). Somado a isso, o teste motor water maze utilizando plataforma aparente demonstrou haver significativa melhora funcional nos animais logo após o transplante (n=7, p < 0,05). Sendo assim, CTs mesenquimais de medula óssea possuem potencial de neuroproteção, como demonstrado no modelo murino da DH, e além disso poderão ser rastreadas a longo prazo utilizando nanopartículas magnéticas, o que possibilitará seu acompanhamento em tempo real em pacientes.


Palavras-chave:  neuroproteção, doenca de huntington, células-tronco, nanopartículas, ressonância magnética