SBNeC 2010
Resumo:C.072


Poster (Painel)
C.072A Ilusão de Configurações Múltiplas de Faces
Autores:Tiago dos Santos Teodosio (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Adriele de Sousa Matos (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Viviane Ferreira do Amaral (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Melyssa Kellyane Cavalcanti Gaudino (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Ana Cristina Taunay Gusmão Cavalcanti (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Geórgia Mônica Marques de Menezes (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Rafael Freitas Modesto Sedycias (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Maria Lúcia de Bustamante Simas (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

Objetivo: Investigar o efeito do tamanho e da cor na ocorrência da Ilusão de Configurações Múltiplas de Faces (ICMF), conhecida anteriormente como fenômeno de Muitas faces descoberto por Simas (Psicol. Refl. Crít.104:8, 2005). Método: Participaram do estudo 16 voluntários de ambos os sexos (média de 28,25 anos). Todos os voluntários tinham a visão normal ou corrigida. Os materiais utilizados no estudo foram: duas faces-estímulos coloridas nos tamanhos de 12º e 23º de ângulo visual, um tapa olho, uma estante de partitura e dois contadores mecânicos para mensurar ocorrências de eventos nas categorias da ICMF observadas pelos sujeitos. Os voluntários inicialmente foram submetidos a uma situação de pré-teste para verificar se percebiam ou não a ICMF sem que se fizesse qualquer menção ao efeito, ou se falasse qualquer palavra que induzisse a mudança de face por parte dos experimentadores. Os voluntários foram instruídos a fechar um dos olhos com o tapa-olho e a olharem fixamente para um dos pontos laterais (dependendo do olho que eles tivessem escolhido para permanecer aberto), e a mover o estímulo para que ele coincidisse com o ponto cego. Em seguida foi solicitado que narrassem o que perceberam na foto. Foram marcados três minutos para que os voluntários relatassem ou não as características consideradas típicas da Ilusão. Quando ocorreu a percepção do fenômeno, passou-se à próxima etapa. O teste propriamente dito foi bastante semelhante ao pré-teste. A instrução foi dada para ultilização de contadores. Numa das mãos eles marcaram com o contador 1 a quantidades de vezes que houve a percepção de movimento ou mudanças de expressão na face (categoria 1) e com o contador 2, a marcaç ão da quantidade de vezes da percepção de surgimento de novas características na face ou mesmo de outras faces (categoria 2). O exame foi realizado com o olho direito e em seguida com o olho esquerdo. Resultados: Os resultados submentidos ao teste Wilcoxon mostraram diferenças significativas. Houve maior resposta para: o tamanho de 12º (X = 47.5) do que para o tamanho 23º (X = 30.1) ,p< 0.05; para a categoria 2 (X= 53.5) do que para a categoria 1 (X =24.1 ) p<0.05; com o olho esquerdo (X=34.1) do que com o direito (X=43.4, p<0.05; no terceiro minuto(X=13.4) do que no segundo(X=12.5) p<0.05 e do terceiro minuto(X=13.4) do que no primeiro minuto(X=12.8), p<0.05. Conclusão: A Ilusão de Múltiplas Configurações de Faces ocorre com faces coloridas, necessita de tempo para ser observada, e neste caso, parece ser mais frequente nos estímulos de 12º de ângulo visual. Além disso, são observados mais eventos relacionados à percepção de outras características diferentes da face estímulo, do que mudanças de expressões faciais e movimentos da face indutora da Ilusão. Houve predominância do hemisfério direito.


Palavras-chave:   Configurações Múltiplas de Faces, Ilusões de Faces, Percepção