SBNeC 2010
Resumo:F.171


Poster (Painel)
F.171Forrageamento em cativeiro de macacos-prego (Cebus sp.) diante de um modelo de risco
Autores:Carolina Carrijo (UNB - Universidade de Brasília) ; Larissa Carneiro (UNB - Universidade de Brasília) ; Tiago Altavini (UNB - Universidade de Brasília)

Resumo

A necessidade de evitar situações perigosas toma um tempo precioso na rotina de indivíduos que precisam encontrar e disputar constantemente alimentos e parceiros para reprodução. Experimentos em cativeiro com modelos de predadores ou de situações de risco podem fornecer informações valiosas sobre a influência de certo perigo no comportamento dos animais. Oito adultos de Cebus sp. foram expostos a um modelo de borracha de cobra-coral e sua latência em acessar uma fonte de alimento em uma situação de perigo foi avaliada. O experimento incluiu quatro fases: controle, objeto sem risco, cobra estática e cobra móvel. Os resultados mostraram uma diferença significativa entre as fases de risco (cobra estática e móvel) e sem risco (controle e objeto sem risco), sugerindo que a presença do modelo afetou o forrageamento dos animais em cativeiro. Não houve diferença entre as respostas frente à cobra móvel e à estática nem entre as respostas obtidas de machos e fêmeas. Uma tendência de aumento na latência foi notada na introdução do movimento no modelo de cobra, mas o pequeno número amostral não nos permite uma conclusão precisa. Alguns indivíduos que possuem a característica de serem bastante ativos responderam ao experimento de forma a sugerir a presença de síndromes comportamentais, nas quais poderiam ser inapropriadamente ativos na presença de algum risco. Sugerimos estudos futuros que considerem a utilização de modelos mais reais, como animais taxidermizados e a mensuração de comportamentos específicos de alarme, como vigilância, vocalização e movimentação pelo solo comparado à movimentação pelas grades do viveiro.


Palavras-chave:  Comportamento antipredatório, Forrageamento, Macaco-prego