SBNeC 2010
Resumo:D.021


Poster (Painel)
D.021INFLUÊNCIA DA BASE DE SUPORTE NA ATIVIDADE MUSCULAR E NAS OSCILAÇÕES CORPORAIS NA POSTURA ORTOSTÁTICA
Autores:Talita Peixoto Pinto (EEFD - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOSUFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) ; Thiago Lemos (EEFD - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOSUFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROIBCCF - INSTITUTO DE BIOFÍSICA CARLOS CHAGAS FILHO) ; Claudia Domingues Vargas (EEFD - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOSUFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROIBCCF - INSTITUTO DE BIOFÍSICA CARLOS CHAGAS FILHO) ; Luis Aureliano Imbiriba (EEFD - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOSUFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROIBCCF - INSTITUTO DE BIOFÍSICA CARLOS CHAGAS FILHO)

Resumo

Introdução: O sistema de controle postural pode utilizar diferentes estratégias para a manutenção do equilíbrio nos planos ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML). Dessa maneira, mudanças na base de suporte (BS) devem comprometer de modo diferenciado o equilíbrio nesses diferentes planos, influenciando o controle das oscilações corporais e a atividade muscular associada na postura ereta.Objetivo: Identificar o comportamento das respostas posturográficas e atividades musculares envolvidas no controle postural nas diferentes BS.Métodos: 12 voluntários (6 homens, 19-32 anos, 147-183 cm de estatura e 48-84 Kg de massa corporal) permaneceram por 30 segundos sobre uma plataforma de força (AMTI) em diferentes BS: 1) pés afastados; 2) pés unidos ou 3) pés alinhados longitudinalmente. Foram realizados três blocos de testes. A partir do centro de pressão (CP) foram obtidos a área de oscilação e o desvio padrão (DP) nos planos AP e ML. A atividade elétrica dos músculos tibial anterior, gastrocnêmio lateral e solear foi mensurada através do valor RMS e da freqüência média do sinal mioelétrico (EMG) de superfície. Os parâmetros posturográficos e mioelétricos foram analisados através de ANOVA para amostras repetidas, seguido de pós-teste de Tuckey-HSD, para p≤0,05. Os dados são apresentados como média ± desvio padrão.Resultados: a área de excursão foi menor na condição 1 (78,20 ±50,92 mm²) do que na 2 (290,72 ±131,80 mm²), sendo esse menor que a condição 3 (468,05 ±262,74 mm²). Na direção ML, o DP foi menor na condição 1 do que nas condições 2 (p=0,001) e 3 (p=0,0001), que não apresentaram diferenças entre si (p=0,55). Na direção AP, houve diferença significativa entre as condições 1 e 3 (p=0,012), não havendo diferenças entre as condições 2 e 3 (p=0,27), e entre 1 e 2 (p=0,64). Foi observado efeito de direção na condição 1, onde o DP foi maior em AP do que ML (p=0,001). Além disso, mudanças na base de suporte promoveram alterações na freqüência média do EMG dos músculos analisados: para o solear as condições 1 (p=0,00014) e 2 (p=0,00026) foram significativamente diferentes de 3; o gastrocnêmio lateral apresentou diferença significativa entre as condições 1 e 3 (p=0,0012), não havendo diferença dessas com a condição 2 e o tibial anterior não apresentou diferença entre as condições (1 e 2 p=0,74; 1 e 3 p=0,21; 2 e 3 p=0,99). Houve aumento do valor RMS na base 3 em relação a 1 e 2, para todos os músculos (p<0,05).Conclusão: alterações na base de suporte fazem com que o sistema de controle postural utilize estratégias distintas para a manutenção do equilíbrio nos diferentes planos. Em relação à atividade muscular, alterações significativas são observadas somente com reduções expressivas da base de suporte.


Palavras-chave:  ESTABILOMETRIA, ELETROMIOGRAFIA, EQUILÍBRIO POSTURAL