SBNeC 2010
Resumo:F.131


Poster (Painel)
F.131Caracterização de protocolo para avaliação da persistência da memória em camundongos submetidos à tarefa de esquiva inibitória.
Autores:Paulo Henrique Botton (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica) ; Naiane Roveda (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica) ; Bruno Klaudat (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica) ; Paula Dobler (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica) ; Diogo Souza (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica) ; Lisiane de Oliveira Porciúncula (UFRGS - ICBS - Departamento de Bioquímica)

Resumo

Introdução: A memória pode ser dividida em, ao menos, duas fases, a memória de curta duração e a memória de longa duração. A capacidade de persistir é uma das características da memória de longa duração. Recentemente alguns trabalhos vem sendo realizados em ratos no intuito de caracterizar esse fenômeno, mas, apesar de algum progresso já ter sido alcançado, os mecanismos envolvidos no processo ainda não estão totalmente esclarecidos. Em camundongos, ainda pouco se sabe sobre quanto tempo a memória de um evento aversivo pode persistir. Objetivo: O objetivo deste trabalho é verificar por quanto tempo uma memória é capaz de persistir, em camundongos, frente a eventos aversivos de diferentes intensidades, para que, posteriormente, estes dados possam embasar estudos com ferramentas farmacológicas que auxiliem na caracterização deste fenômeno. Métodos: A persistência da memória de camundongos CF1 machos foi avaliada na tarefa de esquiva inibitória. Os animais foram submetidos, na sessão de treino, a choques com diferentes intensidades de corrente (0,2mA e 0,4 mA) para verificar se a intensidade do estímulo interfere na retenção da memória. A sessão de teste foi realizada 2, 14 ou 21 dias após o treinamento. Animais diferentes foram utilizados em cada protocolo. Resultados: Nossos resultados mostram que os camundongos que receberam um choque de 0,2 mA retiveram a memória por até 14 dias, o que não aconteceu quando o teste foi realizado 21 dias após o treinamento. Quando um choque de 0,4 mA foi aplicado, mesmo testados 21 dias após o treinamento, os animais mostraram ainda reter a memória do estímulo aversivo ao qual foram expostos. Conclusão: A retenção da memória na tarefa de esquiva inibitória variou de acordo com a intensidade da corrente a qual os animais foram submetidos na sessão de treino. Um choque de baixa intensidade (0,2 mA) pode produzir uma memória capaz de persistir por até 14 dias em camundongos. Já, quando estes animais recebem um choque de 0,4 mA, a memória para tal evento persistiu por, ao menos, 21 dias.


Palavras-chave:  camundongos, esquiva inibitória, persistência da memória