SBNeC 2010
Resumo:C.053


Poster (Painel)
C.053COMPARAÇÃO DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE PARA FREQUÊNCIAS ANGULARES E ESPACIAIS EM DUAS CONDIÇÕES METODOLÓGICAS DIFERENTES
Autores:Rafael Freitas Modesto Sedycias (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Maria Lúcia de Bustamantes Simas (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Viviane Ferreira do Amaral (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Tiago dos Santos Teodosio (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Adriele de Sousa Matos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Este trabalho apresenta dois estudos com o escopo de mensurar a sensibilidade ao contraste para frequências espaciais de 0,2, 0,5, 0,8, 3, 6 cpg (ciclo por grau de ângulo visual) e de frequências angulares de 1, 2, 4, 8, 24, 48, 96 ciclos/360°. O objetivo do primeiro estudo foi comparar os picos de sensibilidade entre os padrões de frequência. Participaram dos experimentos quatro adultos universitários – dois do sexo masculino e dois do feminino – com acuidade visual normal ou corrigida. Foi utilizado: um computador e um monitor Sony G520 de 21 polegadas; equipamento Bitt++, produzido pela Cambridge Research Systems; um programa gerador dos estímulos; mesa com apoiador de queixo; e cadeira. A condição dos experimentos foi em ambiente iluminado, com 300 cm de distância entre a apresentação do estímulo e o participante, e o monitor foi submentido à correção gama. A amostra ainda se encontra em expansão. O objetivo do segundo estudo foi verificar os efeitos de duas condições metodológicas diferentes. Participaram dos experimentos dois adultos universitários – um do sexo masculino e outro do feminino – com acuidade visual normal ou corrigida. A primeira condição foi idêntica à do estudo anterior. Já a segunda condição foi em ambiente escuro, com 150 cm de distância entre a apresentação do estímulo e o participante, e o monitor não foi submetido à correção gama. O participante, então, era posicionado na cadeira e seu queixo acomodado num apoiador acoplado a uma mesa. Após sorteio da ordem de apresentação das frequências, o voluntário foi instruído a responder, em todas as condições, ao estímulo sinal de um par de estímulos – um neutro e um sinal – cuja ordem de apresentação foi aleatória, com duração de 2 segundos para cada estímulo. Para essas respostas foi utilizado o método psicofísico da escolha forçada entre duas alternativas temporais. O contraste do sinal iniciava-se supralimiar. Durante o experimento, em caso de três acertos consecutivos, o contraste do sinal da apresentação do par seguinte era diminuído em 20%. Bastaria um erro, isto é, responder ao neutro, para que o contraste fosse elevado em 20%. A sessão experimental durou o tempo necessário – média de 15 minutos – para que 10 valores máximos de contraste e 10 mínimos fossem contabilizados pelo programa, sendo assim, automaticamente encerrada. Os dados do primeiro estudo indicam que o pico de sensibilidade entre os padrões de frequências aconteceu no estímulo angular: a sensibilidade para esse padrão aconteceu na frequência de 24 ciclos/360°, que teve limiar médio de 0,003577 de contraste para sua detecção; já para a grade senoidal, a maior sensibilidade ocorreu para a frequência de 0,8 cpg cujo limiar médio foi de 0,006139 exigindo contraste 72% maior em comparação ao de 24 ciclos/360°. Os dados do segundo estudo, após a análise de variância para medidas repetidas (ANOVA) revelaram alteração de sensibilidade de uma condição metodológica para outra: [F1,156=43,208, (p < 0,001)]. Ainda assim, o comportamento de sensibilidade de uma frequência comparada com as demais é bastante semelhante nas duas condições. Isso inclui o pico de sensibilidade em 24 ciclos/360º para angular como sendo maior em 67% do que para grade senoidal. Conclui-se, assim, que estímulos de frequências angulares podem suscitar respostas com menor limiar de contraste do que em frequências espaciais nas duas condições metodológicas.


Palavras-chave:  sensibilidade ao contraste, frequência espacial, frequência angular