Oral / Poster
E.045 | INFLUÊNCIA DO CRONOTIPO DE PROFESSORES NA ADAPTAÇÃO AO HORÁRIO MATINAL DE TRABALHO
| Autores: | Jane Carla de Souza (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Aline Silva Belísio (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Geilson C. L. Araújo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Ivanise C. Sousa Guimarães (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Arthur Medeiros Câmara (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Camila Zoélia M. Bessa (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Carolina Virginia Macêdo Azevedo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo Objetivo: Avaliar a influência do cronotipo dos professores na adaptação ao horário matinal de trabalho.
Métodos: O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética do HUOL (UFRN), em seguida foi realizada uma reunião com os professores de 10 escolas, para explicar a pesquisa e entregar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A coleta de dados consistiu do preenchimento dos seguintes questionários: 1) Saúde e Sono, 2) Escala de sonolência de Epwoth, 3) Índice de qualidade do sono de Pittsburgh, 4) Horne & Ostberg e 5) Diário de sono por 15 dias. O índice de irregularidade do CSV foi obtido a partir do desvio padrão dos horários de levantar e deitar registrados no diário do sono de cada professor.
Resultados: A população da pesquisa foi de 45 professores de ambos os sexos, com idade de 37±7 anos. A maioria dos professores foi classificada com cronotipo intermediário (52%), seguidos dos matutinos (38%) e vespertinos (10%). Durante a semana os professores que iniciam o trabalho entre 7h e 8h da manhã, classificados como vespertinos e intermediários deitam 1h39min e 47min mais tarde que os matutinos, respectivamente (Anova, p<0,05). Quanto ao horário de levantar, os vespertinos levantam 56min mais tarde que os matutinos (Anova, p<0,05) e apresentam em média 39min a menos de tempo na cama, porém sem diferença estatisticamente significativa. O uso do despertador para levantar é de 100% entre os professores vespertinos e de 26% e 47 % entre os matutinos e intermediários, respectivamente. A irregularidade na hora de levantar é maior nos professores classificados como vespertinos quando comparados aos matutinos (Anova, p< 0,05) e uma tendência é observada quando comparados aos intermediários (Anova, p< 0,08). Com relação ao nível de sonolência diurna os professores vespertinos e intermediários apresentaram uma tendência a possuírem maiores níveis de sonolência (Anova, p< 0,06). Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada com relação à qualidade de sono, entretanto, todos os professores apresentaram médias de má qualidade de sono independente do cronotipo.
Conclusão: Professores classificados com cronotipo matutino sofrem menor influência do horário matinal de trabalho, visto que, apresentam menor irregularidade na hora de levantar e uma minoria dos professores se utiliza do despertador para levantar. O nível de sonolência diurna é menor entre os matutinos, contudo, a qualidade do sono não difere entre os professores.
Palavras-chave: Professor, Ciclo sono/vigília, Cronotipo, Sonolência diurna, Qualidade de sono |