SBNeC 2010
Resumo:J.180


Poster (Painel)
J.180RECEPTORES SEROTONÉRGICOS 2A/2C DO SEPTO LATERAL E RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DE DEFESA.
Autores:Aline Serra Torricelli (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Danubia Cristina de Paula (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Marina Roquette Lopreato (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Milena de Barros Viana (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo)

Resumo

INTRODUÇÃO: O objetivo deste trabalho foi investigar o papel da neurotransmissão mediada por receptores serotonérgicos (5-HT) do tipo 2A/2C do septo lateral (SL) sobre as respostas comportamentais emitidas por ratos submetidos ao modelo do labirinto em T elevado (LTE). No LTE, são avaliados dois tipos de respostas comportamentais de defesa: a esquiva inibitória e a fuga de um dos braços abertos do modelo, relacionadas, respectivamente, ao transtorno da ansiedade generalizada (TAG) e ao transtorno do pânico (TP). MÉTODO: Ratos Wistar machos (300 g em peso aproximadamente) foram administrados intra-septo lateral com o agonista de receptores 5-HT 2A/2C DOI (8 e 16 nmoles/0,2 μl), com o agonista de receptores 5-HT 2C MK-212 (0,5 e 5 nmoles/0,2 μl), ou com o antagonista de receptores 5-HT 2A/2C quetanserina (10 e 20 nmoles/0,2 μl). Os grupos controles foram administrados com salina (0,2 μl) ou salina (0,2 μl) e TWEEN 80 2%. Um terceiro grupo experimental investigou os efeitos do antagonismo do DOI (8 nmoles/0,2 μl) com a quetanserina (10 nmoles/0,2 μl). Neste último grupo, os animais recebiam a intervalos de 10 min, a injeção de salina/veículo, quetanserina/veículo (doses de 10 nmol), DOI/salina (dose de 8 nmol), ou DOI/quetanserina (8 nmoles e 10 nmoles, respectivamente). Dez minutos após as injeções, os animais eram submetidos ao LTE. A esquiva inbitória foi medida cronometrando-se o tempo de saída do braço fechado do LTE, por 3 vezes, com intervalos de 30 s (Linha de base, Esquiva 1 e 2). A fuga era obtida cronometrando-se o tempo de saída de um dos braços abertos também por 3 vezes consecutivas (Fuga 1, 2 e 3). Após o LTE, os animais eram colocados em um campo aberto para medida da atividade motora (5 min). RESULTADOS e DISCUSSÃO: Os resultados mostraram que o DOI facilitou (p<0,05) as latências de esquiva inibitória nas duas doses administradas (média ± EPM - esquiva 1: controle: 44,85 ± 23,08; DOI 8 nmoles: 258,43 ± 41,57; DOI 16 nmoles: 176,87 ± 50,82), efeito ansiogênico, sem alterar a fuga. A quetanserina e o MK-212 não alteraram significativamente nenhuma das medidas do LTE. Os resultados da administração simultânea de DOI/quetanserina indicaram novamente efeito ansiogênico do DOI na esquiva (média ± EPM - esquiva 1: controle 51,16 ± 27,51; DOI 8 nmoles: 178,28 ± 48,47) e que a quetanserina antagoniza de maneira efeciente os efeitos do DOI. Também não foram observados alterações significativas na atividade motora dos animais em nenhum dos quatro grupos experimentais. Estes resultados sugerem a participação de receptores 2A (mas não 2C) do septo lateral na resposta de esquiva inibitória do LTE, apontando para sua importância na fisiopatologia do TAG. APOIO: CNPq e Fapesp.


Palavras-chave:  SEPTO LATERAL, DEFESA, LABIRINTO EM T ELEVADO, RECEPTORES 2A/2C, ANSIEDADE