SBNeC 2010
Resumo:F.133


Poster (Painel)
F.133Papel do Estresse e dos Receptores β-adrenergicos na Persistência da Memória
Autores:Renan Costa Campos (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Gustavo Morrone Parfitt (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; André Peres Koth (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Ândrea Kraemer Barbosa (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Bárbara da Silva Alves (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Daniela Martí Barros (FURG - Universidade Federal do Rio Grande)

Resumo

Este trabalho teve como objetivo identificar o envolvimento do estresse e dos receptores β-adrenégicos sobre a persistência da memória em esquiva inibitória. Foram utilizados ratos machos de 2-3 meses de idade, obtidos junto ao Biotério da Universidade Federal do Rio Grande (Rio Grande, RS, Brasil). Os animais foram mantidos em 5 por caixa, com ciclo claro/escuro de 12h, temperatura de 22ºC ± 1ºC, água e comida ad libitum. Os animais foram divididos em grupos, sendo estes controle e estresse 1h ou 3h. Em um segundo experimento os animais foram divididos em controle (1 ml de salina IP) ou propranolol (25 mg/Kg IP) (n = 5-12 por grupo). O procedimento de estresse e os tratamentos IP foram realizados 12h após o treino em esquiva inibitória. O estresse por imobilização foi realizado em garrafas plásticas com a parte anterior contendo orifício propício a respiração, onde os animais foram mantidos sob restrição de movimentos por 1h ou 3h. Os animais foram submetidos a um teste único de esquiva inibitória (EI). Na seção de treino o animal foi colocado na plataforma e imediatamente após a descida foi aplicado um choque de 0,7 mA por 3s. Na seção de teste não foi aplicado choque e o tempo de latência para descida foi medido (em um tempo máximo de 180 s). A persistência da memória foi testada aos 2 ou 7 dias após o treino. As latências de descida da plataforma na sessão de teste mostraram uma diferença significativa do grupo estresse 1h (145,8 ± 16,08) em relação ao grupo controle (69,88 ± 19,46) (P<0,05) o que não é observado nos animais estressados por 3h (64,00 ± 19,32), testados 7 dias após o treino, mostrando um efeito facilitatório do estresse 1h na persistência memória. Os animais tratados com propranolol (23,40 ± 4,52) mostraram uma diferença significativa em relação ao controle (68,27 ± 15,40) (P<0,05), mostrando um prejuízo da persistência da memória. Os grupos testados 2 dias após o treino não mostraram diferença significativa versus o controle. O que leva a crer que o efeito do estresse ou do bloqueio de receptores β-adrenérgicos a partir de 12h da aquisição não interfere na memória de longa duração, entretanto, altera a persistência do armazenamento desta.


Palavras-chave:  memória, estresse, persistência da memória