SBNeC 2010
Resumo:B.087


Poster (Painel)
B.087ACOPLAMENTO JUNCIONAL ENVOLVENDO NEURÔNIOS PIRAMIDAIS DO CÓRTEX CEREBRAL DE RATOS PÓS-NATOS.
Autores:Carla Moreira Furtado (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroICB - Instituto de Ciencias Biomédicas-UFRJ) ; Cecilia Hedin Pereira (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroIBCCF - Instituo de Biofisica carlos Chagas Filho-UFRJ) ; Maira Monteiro Froes (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroICB - Instituto de Ciencias Biomédicas-UFRJ)

Resumo

Este trabalho objetiva pesquisar existência e distribuição deacoplamentojuncional homo-e/ou heterocelular no córtex de ratos neonatosrevelado a partir desubpopulação de células corticais que estendemprolongamentos à piasupostamente representadas por neurônios piramidaiseglia radial. Além investigamos sua possível correlação com oestabelecimento de domínios celulares morfofuncionais em áreas camadas ecolunas corticais identificadas no roedor recém-nato.O acoplamento é avaliadoportécnica de carregamento pial desenvolvida pelo grupo ondefluorocromos permeantes e não permeantes são disponibilizados para opreenchimento direto das células cujos prolongamentos estendam até apia-máter.Procedido o rebatimento da pia o carregamento se faz porleveraspagem da superfície cortical de ratos no 6º P6 e no 12º P12 dias pós-natal empresença de solução contendo o permeante Lucifer yellow LY 453Da e o não permeanterodamina-conjugada dextran RD 3KDa. Após lavagem e fixação osencéfalos são seccionados em criostato ou vibrátomo. As secções em criostato analisadas MO epifluorescência para identificação das células carregadas diretamente pelosdois corantes (LY+RD+). Estes perfis duplo marcados correspondem aneurônios preenchidos a partir de seus dendritos apicais que se estendem até acamada I e representam fontes potenciais de carregamento juncional paracélulas vizinhas acopladas identificáveis como perfis mono marcados LY+ RD-. As secçõesem vibrátomo são imunohistoquimica empregando marcadores neuronais eastrocitários Anti-GFAP, anti-tubulina classe III e anti-GABA. Toda a análiseé realizada nas áreas corticais:córtex de barris e área parietal associativa. EmP6 as proporções de carregamento direto e acoplamento juncional dentro de umamesma camada registradas respectivamente como razões RD+/DAPI e LY+RD-/RD+foram similares para camadas supra-e infragranulares das áreascorticais analisadas. Em P12a proporção de RD+ nas camadas infragranularescaiu para a terça parte do registrado em P6 (de30%para10%)revelando uma redução acentuada no carregamento direto que nãofoi acompanhada por redução na proporção de células acopladas nestas camadas. Nocórtex dos barris em P6 o carregamento com LY revelou-se não homogêneo erepetitivo rodeando externamente os barris. Os raros perfis RD+ delimitando-os sugerem que o carregamento significativo com LY nos septos estenda-se paraalém do carregamento direto nesta camada e reflita a existência de um cinturão de acoplamento neuronal. Em P12 este padrão desapareceu indicando que acomunicação juncional com camadas acima ou abaixo é pouco provável. Em geral as células acopladas mostraram-se classe III beta tubulina positivas em diferentes regiões e idades de nosso modelo. Também registramos alguns perfis GABA+. As observações nos permitem concluir pela natureza predominantemente neuronal da população LY+RD- em nosso modelo de carregamento seletivo direto. Concluímos que em P6 quando o acoplamento pôde ser detectado na camada IV as células acopladas incluíram os septos dos barris. Demonstramos que durante o desenvolvimento houve predominância de células acopladas nas camadas supra- e infragranulares que tornou-se mais evidente a partir da segunda semana pós-natal nas áreas corticais analisadas.A observação morfológica e os achados imunohistoquímicos demonstraram que o acoplamento a partir de neurônios piramidais com dendrito apical na camada I é expressivamente homotípico e homocelularenvolvendo neurônios predominantemente da mesma classe.


Palavras-chave:  ACOPLAMENTO JUNCIONAL, Camadas corticais, cortex cerebral, cortex dos barris, neuronios piramidais