Prêmio
E.008 | EFEITO DA DEXAMETASONA SOBRE O COMPORTAMENTO SEXUAL DE RATOS MACHOS | Autores: | Aline Stivanin Teixeira (UNIFAL MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Alexandre Giusti-paiva (UNIFAL MG - Universidade Federal de Alfenas) |
Resumo Introdução: O comportamento sexual de ratos machos, manifestado espontaneamente diante da presença de fêmeas receptivas, é necessário para a preservação da espécie e não para a sobrevivência do indivíduo. Sendo assim, difere consideravelmente de outros comportamentos espontâneos como alimentação, hidratação, termorregulação ou respiração. Estudos mostram que o estresse e a consequente ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) e secreção de glicocorticóides pode alterar diversos parâmetros hormonais e comportamentais.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento sexual de ratos machos e suas possíveis alterações, diante da administração de dexametasona (um glicocorticoide).
Metodologia: Ratos wistar machos adultos (350-450g), sexualmente experientes foram expostos a fêmeas wistar (220-280g) receptivas, filmando-se 40 minutos, tratados com veículo (grupo controle; n=8) ou tratados com dexametasona (1 mg/Kg; n=10) 2 horas antes da observação. Foi mantido o ciclo claro-escuro de 12hs (7:00am : 19:00h pm) e os comportamentos do macho foram filmados no ciclo escuro, a partir das 22:00hs. Posteriormente os vídeos foram analisados e quantificados os seguintes parâmetros: latência para primeira monta (LPM); latência para primeira intromissão (LPI); número de montas incompletas (MI); número de intromissões (NI); latência para primeira ejaculação (LPE); latência para primeira monta pós-ejaculação (LPMP); latência para primeira intromissão pós-ejaculação (LPIP); número de montas incompletas pós-ejaculação (MIP); número de intromissões pós-ejaculação (NIP) e número total de ejaculações (NE).
Resultados: Observou-se que a administração de dexametasona reduz o NI (14,8±1,7 intromissões vs. Controle: 24,1±3,6 intromissões; p=0.02), redução na LPE (671±130 segundos vs. Controle: 1155±151 segundos; p= 0.02), redução na LPMP (252±13,5 segundos vs. Controle: 327±19,2 segundos; p=0.004), redução na LPIP (253±13 segundos, vs. Controle: 333±19,9 segundos; p=0.003) e aumento no NE (3,8±0,4 ejaculações vs. Controle: 2,3±0,2 ejaculações; p=0,01). Os demais parâmetros não apresentaram diferença significativa.
Conclusão: Em relação à LPM e LPI, que não foram influenciadas pela administração de dexametasona uma vez que tais parâmetros são influenciáveis pela experiência sexual, comum aos dois grupos analisados. No entanto, as alterações provocadas pela administração de dexametasona sobre os demais parâmetros sugerem um melhor desempenho sexual em ratos machos.
Agência de Fomento: CNPQ e Fapemig Palavras-chave: Comportamento sexual, Controle hormonal do comportamento, Glicocorticóides, Ratos machos |