SBNeC 2010
Resumo:H.012


Poster (Painel)
H.012Frequencia do Polimorfismo +61A/G e nível sérico de EGF em pacientes com glioma tratados com álcool perílico
Autores:Silveira,fca.;lopes, B.a.; Teixeira, F.o.; Lázaro- Silveira (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

Objetivo: Avaliar e relacionar a frequência do polimorfismo +61 A/G no gene EGF (rs4444903) com o risco de desenvolvimento de gliomas e os níveis séricos de EGF. Métodos: Os pacientes incluídos no ESTUDO FASE II DO MONOTERPENO ÁLCOOL PERÍLICO EM PACIENTES COM GLIOBLASTOMA MULTIFORME (CONEP registro 9681 nº 25000.009267/2004-25, 12 de julho, 2004) doaram 5 mL de sangue para extração de DNA seguindo metodologia descrita por Salazar (Clin. Chem.44:1748, 1998). A região contendo o polimorfismo foi amplificada por PCR e o produto digerido pela enzima AluI. A classificação genotípica dos pacientes foi realizada após separação dos fragmentos digeridos em gel de agarose 2,5% seguida de visualização em transiluminador UV. Para a reação imunoenzimática foi realizado ensaio de ELISA para detecção de hEGF. As amostras de soro dos pacientes (diluídas 1:2,5) foram analisadas em duplicata e o procedimento foi realizado conforme protocolo do kit da empresa PreproTech. A leitura da absorbância foi feita em espectrofotômetro de placa, com filtro principal de 405 nm e filtro de correção de 650 nm e a quantificação foi determinada com base em uma curva padrão. Resultados: Um total de 84 controles sem câncer com idade média de 42,6 anos (± 10,5) e 55 pacientes com idade média de 53,1 anos (± 18,0) foram genotipados. Os pacientes foram diagnosticados como portadores de GBM (76%), Oligodendroglioma (9 %) e Astrocitoma grau II (15%), sendo 30 do sexo masculino e 25 do sexo feminino. Para os pacientes, a frequência genotípica foi 38,2 % para A/A, 43,6% para A/G e 18,2 para G/G e a frequência alélica 53,2% e 46,8% para os alelos A e G respectivamente. Ao camparar a frequência entre casos e controles foi possível observar que pacientes tinham uma frequência do genótipo AA maior (p=0,0026). Os níveis séricos de EGF em pacientes (n=47) com gliomas antes do início do tratamento com álcool perílico segundo os genótipos mostram que a comparação do genótipo AA contra AG não foi significativa (p=0,8556); entretanto, comparando os genótipos AA e AG contra o homozigoto GG há significância estatística para valores de p= 0,0453 e 0,0234 respectivamente. Conclusão: Os tumores cerebrais se originam de diferentes células gliais e neles já foram descritas correlações entre alterações genéticas e a resposta ao tratamento. O alelo G do polimorfismo 61 A/G, localizado na região 5’ não codificadora do gene EGF, foi correlacionado com maior produção de EGF e associado com maior agressividade da doença (Cancer Res., 64:120, 2004). Outros autores, Wang e colaboradores (Breast Cancer Res Treat 111(2)321-7) associam o alelo G com menor produção de EGF e, consequentemente, como um fator de proteção ao câncer. No presente trabalho o alelo A teve maior frequência nos pacientes com glioma e foi significativamente relacionado com a maior produção de EGF sendo um fator de risco para o desenvolvimento de gliomas em nossa população. Análises estão sendo realisadas com o objetivo de avaliar se o polimorfismo ou o nível de EGF pode ser relacionado com sobrevida ou resposta ao tratamento com POH.


Palavras-chave:  Polimorfismo, glioma, EGF, Sérico, alcool perílico