SBNeC 2010
Resumo:E.034


Poster (Painel)
E.034Validação Farmacológica do Paradigma da Exploração Livre para Ratos
Autores:Flávia Barreto Garcez (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Fabrício Dias Antunes (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Tiago Costa Goes (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Flávia Teixeira Silva (UFS - Universidade Federal de Sergipe)

Resumo

Objetivo: O Paradigma da Exploração Livre (PEL), proposto como modelo de ansiedade-traço, foi validado farmacologicamente em camundongos. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi realizar a validação farmacológica do PEL, em sua versão para ratos. Métodos e Resultados: Foram realizados dois experimentos. Experimento I: Trinta e dois ratos Wistar machos adultos foram avaliados no PEL para que fossem categorizados de acordo com seus níveis de ansiedade‑traço: alto (< 1º quartil), médio (>1º quartil e <3o quartil) e baixo (>3o quartil), através do parâmetro Porcentagem de Tempo no Ambiente Novo (%TAN). Os resultados apresentaram-se assim: mediana = 66,82; 1º quartil = 52,63; 3º quartil = 79,31. Após duas semanas desta avaliação, os animais de cada nível de ansiedade foram alocados em dois grupos de tratamento: diazepam (0,5 mg/kg - DZP) e salina (CTRL) e novamente avaliados pelo PEL. Os dados foram analisados por teste t de Student para cada nível de ansiedade. Os resultados revelaram que o diazepam aumentou significativamente os valores de %TAN nos indivíduos com alto traço ansioso (média ± dp: DZP= 54,9 ± 30,05; CTRL= 12,62 ± 14,68; p<0,04), mas não nos animais com média (média ± dp: DZP= 75,46 ± 10,37; CTRL= 56,42 ± 29,64; p> 0,05) ou baixa ansiedade-traço (média ± dp: DZP= 85,51 ± 13,87; CTRL= 77,62 ± 13,67; p> 0,05). Experimento II: 14 ratos Wistar machos, adultos foram alocados em dois grupos de tratamento: pentilenotetrazol (20mg/kg – PTZ) e salina (CTRL) e então, submetidos ao PEL. Os dados foram analisados pelo teste t de Student. Os resultados mostraram que o PTZ diminui significativamente os valores de %TAN (média ± dp: PTZ= 8,3 ± 14,59; CTRL= 63,28 ± 17,95; p< 0,001). Conclusão: Os resultados obtidos indicam que o PEL para ratos apresenta validade farmacológica, uma vez que uma droga ansiolítica e uma droga ansiogênica clássicas foram capazes de alterar o parâmetro %TAN nas direções esperadas. O fato de que somente o grupo de alta ansiedade tenha sofrido o efeito ansiolítico do diazepam apóia a idéia de que o PEL seja um modelo de ansiedade-traço (e não de ansiedade-estado), além de estar de acordo com os dados observados em camundongos.


Palavras-chave:  Ansiedade-traço, Paradigma da Exploração Livre, Validação Farmacológica