Prêmio
| B.025 | ALTERAÇÕES DA ATIVIDADE DE TRANSPORTE DE DOPAMINA EM UM MODELO EXPERIMENTAL PARA TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): MODIFICAÇÕES NEUROQUÍMICAS INDUZIDAS PELO USO CRÔNICO DE METILFENIDATO. | | Autores: | Maurício Pereira (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Alex Manhães (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Mabel Fraga-marques (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Alexandre Costa (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Pradeep Bhide (HARVARD - Harvard Medical School) ; Ney Pecinalli (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Cláudio Filgueiras (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Yael Abreu-villaça (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Regina Kubrusly (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo Objetivos: Avaliar o efeito crônico de metilfenidato (MF) durante a adolescência sobre os circuitos dopaminérgicos em modelos animais de TDAH, ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e a susceptibilidade ao uso de cocaína (COC) na vida adulta destes animais.
Métodos: Ratos Wistar (W) e SHR de 25 dias pós-natal (P25) receberam dose diária de MF (5mg/kg/gavagem) ou salina durante 30 dias consecutivos. Em P55, após administração crônica ou aguda de MF ou ainda, após a extinção de uso de (MF) por 10 dias, os animais foram sacrificados e o córtex frontal (CTX) e o mesencéfalo (MES) foram dissecados e a atividade dopaminérgica destas regiões foi avaliada através da cinética de transporte de dopamina (DA), utilizando [³H] DA, como marcador. Dentro de cada grupo, alguns animais foram desafiados com uma dose única de cocaína (COC) (10mg/kg/i.p.) por 20 minutos antes do sacrificio. Os resultados foram expressos como EPM seguida de tratamento estatístico (ANOVA com pós-teste de Bonferroni) sendo significativo p<0,001.
Resultados: A captação de [³H]DA está reduzida nos animais SHR em relação ao Wistar (W) tanto em CTX (107,4±9,082 versus 182,3±8,397; &fnofmol/mg/h, n=6) quanto em MES (133,4±13,58 versus 182,3±12,16 &fnofmol/mg/h, n=6). Os SHR, quando tratados agudamente com MF, apresentam uma redução da captação de [³H]DA, no CTX (52,67±11,20, versus 107,4±9,082 &fnofmol/mg/h, n=6,) similarmente, ao que é observado para o MES (62,50±6,652 versus 133,4±13,58; &fnofmol/mg/h, n=6,). Após a abstinência de 10 dias de (MF), a captação de [³H]DA observada em CTX ou MES é parecida a dos animais (W) (CTX:177,3±19,55 versus 182,3±8,397; MES 182,3±12,16 versus 205,7±10,35 &fnofmol/mg/h, n=6, respectivamente) O desafio com COC em córtex ou mesencéfalo de animais SHR tratados cronicamente com MF ou salina, não alterou a captação de [³H]DA.
Conclusão: A cinética da curva de MF durante a adolescência pode alterar a circuitaria neuroquímica em áreas que regulam a atividade dopaminérgica na vida adulta, e alterar respostas neuroquímicas que são classicamente deflagradas pelo uso de COC.
Palavras-chave: Metilfenidato, SHR, Dopamina, Cocaína, TDAH |