SBNeC 2010
Resumo:F.111


Poster (Painel)
F.111EVENTOS ADVERSOS NO INÍCIO DA VIDA ALTERAM A SUSCEPTIBILIDADE AOS EFEITOS DE UM ESTRESSOR APLICADO NA IDADE ADULTA: PARÂMETROS COGNITIVOS E REPARO AO ADN NO HIPOCAMPO.
Autores:Luisa Amalia Diehl (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Lucas de Oliveira Álvares (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cristie Noschang (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Douglas Engelke (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Leonardo Machado Crema (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Rachel Krolow (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ana Cristina Andreazza (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Jorge Alberto Quillfeldt (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Carla Damaz (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

Introdução: Eventos adversos no início da vida, como a periódica separação materna, podem alterar o desenvolvimento normal do sistema nervoso central e deixar o indivíduo mais vulnerável a uma variedade de transtornos mentais na idade adulta. Pacientes com uma história de adversidades precoces apresentam maior freqüência para o aparecimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Objetivo: Esse estudo tem a intenção de verificar efeitos de longa-duração se repetidas separações maternas podem afetar o desenvolvimento de aspectos cognitivos e parâmetros bioquímicos após a exposição desses animais a um modelo de TEPT. Materiais e Métodos: Ninhadas de ratos Wistar foram divididas em intactas e submetidas a separação maternal (3h/dia, numa incubadora a 34ºC) durantes os dias 1 a 10 pós-natal. Quando adultos, os animais foram subdivididos e expostos ou não a um modelo de TEPT (choque inescapável de 1mA durante 20 segundos nas patas seguido de três recordatórios situacionais). Um mês após a exposição ao choque, os animais foram expostos a uma tarefa que avaliou a memória do tipo especial (Labirinto Aquático de Morris – LAM) e um mês depois foram sacrificados, seus encéfalos dissecados e foi analisado o reparo ao ADN (através da técnica do ensaio cometa) e parâmetros oxidativos através da atividade das enzimas antioxidantes [Catalase (CAT), Glutationa Peroxidase (GPx) e Superóxido Dismutase (SOD)] no hipocampo. Resultados: Ratos expostos ao choque [F (1, 28) = 33,01; P<0,001] ou a separação maternal e choque [F (1, 28) = 5,407; P<0,05] mostraram efeitos de longa-duração sobre a memória do tipo especial na tarefa do LAM, permanecendo mais tempo no quadrante oposto ao quadrante onde estava a plataforma: esse efeito é mais pronunciado nos animais separados da mãe e expostos ao choque na idade adulta. Ambas as intervenções induzem um maior escore de reparo ao AND no hipocampo - choque [F (1, 23) = 5,503; P<0,05] e separação materna [F (1, 23) = 35,473; P<0,001]. Não foram encontradas diferenças significativas na atividade das enzimas antioxidantes no hipocampo (P>0,05). Conclusões: Em conclusão, a separação maternal pode aumentar a susceptibilidade a um estressor aplicado na idade adulta sobre o desempenho na tarefa do LAM. Aumento no reparo ao ADN no hipocampo foi induzido por ambas às intervenções, separação materna e exposição ao choque na idade adulta Agência de Fomento: (CAPES).


Palavras-chave:  Ensaio Cometa, Enzimas Antioxidantes, Memória, Separação Materna, Transtorno de Estresse Pós-Traumático