SBNeC 2010
Resumo:J.139


Oral / Poster
J.139Efeito do exercício aeróbio e do treinamento de força na capacidade funcional, cognição e qualidade de vida na doença de Parkinson idiopática: Estudo piloto
Autores:Alessandro Oliveira de Carvalho (IPUB - Instituto de Psiquiatria da UFRJ) ; José Vicente Martins (INDC - Instituto de Neurologia Deolindo Couto) ; Narahyana Bom de Araújo (IPUB - Instituto de Psiquiatria da UFRJ) ; Helena Sales de Moraes (IPUB - Instituto de Psiquiatria da UFRJ) ; Evandro Coutinho (ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública) ; José Luiz de Sá Cavalcanti (INDC - Instituto de Neurologia Deolindo Couto) ; Jerson Laks (IPUB - Instituto de Psiquiatria da UFRJ) ; Andrea Camaz Deslandes (IPUB - Instituto de Psiquiatria da UFRJENSP - Escola Nacional de Saúde Pública)

Resumo

Introdução: Além dos sintomas motores da doença de Parkinson, não é menos comum a manifestação de sintomas não-motores como alterações do humor, depressão, fadiga, distúrbios de socialização e alterações cognitivas. Tais fatores têm uma implicação direta na piora da qualidade de vida. Além do tratamento farmacológico, outras formas de intervenção como, por exemplo, a prática de exercícios físicos vem sendo investigadas como estratégia terapêutica complementar e relacionadas com melhoras dos sintomas motores e cognitivos. Objetivo: Verificar os efeitos do exercício aeróbio e do treinamento de força na capacidade funcional, função cognitiva e qualidade de vida na doença de Parkinson idiopática. Métodos: Quatro sujeitos (Idade=58,5±10,6 anos; Hoen & Yahr=2,4±0,4; UPDRS (III)= 36,8±8,1; Tempo de doença=7±3,7 anos, MMEM=26,6±2,0) divididos em grupo exercício (força e aeróbio) (n=2) e grupo controle (alongamento e contato social) (n=2) foram avaliados antes e depois de dois meses de treinamento. A avaliação da capacidade funcional foi feita através dos testes Sentar e levantar, Escala de Berg, Flexibilidade de membro superior, Força de membro superior, Alcance Funcional, UPDRS-III e Escala de Lawton. A função cognitiva foi avaliada através de testes neuropsicológicos (Mini Exame do Estado Mental, Trail Making Test A e B, Stroop Test, Digit Span e Digit Symbol (WAIS-R), Figura complexa de Rey. Para avaliação dos sintomas depressivos e da qualidade de vida foram utilizados a Escala de Hamilton e o questionário SF-36, respectivamente. Foi realizada uma análise descritiva dos dados (média e desvio padrão). Resultados: Comparando as médias dos dois grupos, o grupo que realizou o treinamento aeróbio e de força apresentou melhora em todos os testes, enquanto o grupo controle apresentou piora nos escores das escalas de Lawton e Berg, nos testes Sentar e Levantar e Alcance Funcional, na escala de Hamilton e em cinco aspectos do SF-36. Conclusão: A prática de exercício aeróbio e/ou de força parece poder contribuir para melhoras na capacidade funcional, atividades de vida diária, função cognitiva, sintomas depressivos e qualidade de vida na doença de Parkinson.


Palavras-chave:  Capacidade funcional, Cognição, Exercício, Parkinson, Qualidade de vida