Poster (Painel)
C.073 | INFLUÊNCIA DA INTERAÇÃO DE COR E LUMINÂNCIA SOBRE O POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO VISUAL TRANSIENTE | Autores: | Bárbara Begot Oliveira Risuenho (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Bruno Duarte Gomes (UFPA - Universidade Federal do ParáNMT, UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Givago da Silva Souza (UFPA - Universidade Federal do ParáNMT, UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Luiz Carlos L. Silveira (NMT, UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) |
Resumo Objetivo. Avaliar o potencial cortical provocado visual gerado por estímulos que misturam contraste de cor em diferentes proporções de luminância.
Métodos. Quatro pessoas foram testadas. Usou-se redes com padrão temporal onset (300 ms)/offset (700 ms) e 2 cpg. Utilizaram-se dois protocolos (I e II) com estimulação cromática verde/vermelho que diferiam na modulação de luminância das cores e dois protocolos (III e IV) com estímulos isocromáticos que diferiam na modulação senoidal de luminância e cujas cromaticidades médias foram iguais às dos estímulos cromáticos. No protocolo I usou-se quatro condições nas quais a luminância da cor verde variou de 0 até 16,4 cd/m² enquanto a luminância da cor vermelha foi mantida em 20 cd/m². Em seguida usou-se uma condição de isoluminância com as duas cores em 20 cd/m². Depois da condição de isoluminância, usou-se quatro condições nas quais a luminância da cor vermelha caiu de 16,4 cd/m² até 0 cd/m², enquanto a cor verde foi mantida em 20 cd/m². No protocolo II, a luminância inicial da cor vermelha foi de 40 cd/m² e a da cor verde foi 0 cd/m². A luminância da cor vermelha caiu na mesma proporção que a luminância da cor verde aumentou, de forma que a luminância média do estímulo foi mantida em 20 cd/m² em nove diferentes razões de luminância verde-vermelho, incluindo a isoluminância. Nos protocolos III e IV a modulação das faixas das redes foi igual às dos protocolos I e II, respectivamente. Eletródios: Fp (terra), Fpz (inativo) e Oz (ativo). Os sinais bioelétricos (30.000 vezes amplificados e digitalizados 1000 Hz) foram filtrados entre 0,3 Hz e 100 Hz e promediados. Mediu-se o pico de amplitude dos componentes N1 e P1.
Resultados. Protocolo I. A amplitude de P1 foi maior para a isoluminância e para as condições unicamente acromáticas. A amplitude de N1 foi maior para a condição de isoluminância e menor nas condições unicamente acromáticas. Protocolo II. A amplitude de P1 foi maior para as condições unicamente acromáticas e menor na condição de isoluminância. A amplitude de N1 foi maior para a condição de isoluminância e menor nas condições unicamente acromáticas. Protocolo III e IV. A amplitude de P1 foi maior quanto maior foi o contraste de luminância. O componente N1 não foi encontrado na maior parte dos sujeitos em qualquer condição de contraste. Comparação protocolos I e II. A amplitude média de N1 não apresentou diferença ao longo das razões de luminância, enquanto a amplitude média de P1 foi menor quando obtida a partir do protocolo I nas razões de luminância de 0 a 0,4 e 0,6 a 1. Comparação protocolos III e IV. A amplitude média de P1 foi menor quando obtida à partir do protocolo III nas razões de luminância de 0 a 0,4 e 0,6 a 1.
Conclusão. A diferença de luminância entre o estímulo e o fundo ao seu redor não influenciou na amplitude de N1 e diminuiu a amplitude de P1. N1 depende da atividade de uma via visual que se adapta pouco ao contraste entre estímulo e fundo e P1 depende da atividade de pelo menos uma via que se adapta muito ao contraste de luminância entre o estímulo e o fundo.
Apoio Financeiro: FINEP IBN-Net, CNPq, CAPES, FAPESPA, UFPA-PARD. Palavras-chave: Eletrofisiologia humana, Potencial cortical provocado visual, Contraste de luminância, Contraste de cor, Visão espacial |