SBNeC 2010
Resumo:J.080


Prêmio
J.080O EFEITO ANSIOLÍTICO PRODUZIDO PELO ONDANSETRON NA AMÍDALA DE CAMUNDONGOS NÃO SOFRE TOLERÂNCIA APÓS A REEXPOSIÇÃO AO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO.
Autores:Ana Claudia Nunciato (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Daniela Baptista (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Gabriel Fachini (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Azair Liane Matos do Canto de Souza (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos)

Resumo

Objetivos: Dados do nosso laboratório sugerem a ação ansiolítica do flumazenil, antagonista GABAA, em animais ingênuos e reexpostos ao labirinto em cruz elevado (LCE), bem como ação ansiolítica do ondansetron (OND), antagonista de receptores 5-HT3, na amídala de camundongos machos expostos ao LCE (Brain research. 1267:65-76, 2009; Fesbe 03.075, 2009). A experiência prévia ao LCE altera não somente o comportamento como as resposta farmacológicas avaliadas em exposições subseqüentes. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do OND administrado na amídala de camundongos expostos e reexpostos ao LCE. Métodos: Camundongos machos (25-30g), Suíço-albino (n=7-8/grupo), foram submetidos à estereotaxia. Após a recuperação (quatro dias), receberam injeção intra-amídala de OND (0,3nmol/0,1µl) e foram testados individualmente no LCE duas vezes, exposição e reexposição, com intervalo de 24 horas. Os animais puderam explorar o LCE e durante cinco minutos foi realizado o registro dos índices de ansiedade: porcentagem de entradas (%EBA) e de tempo gasto nos braços abertos (%TBA), e entradas nos braços fechados (EBF), como atividade locomotora. Resultados: A ANOVA de dois fatores (condição x tratamento) mostrou que ocorreu alteração significativa dos índices de ansiedade tais como, %EBA [condição (F(1,26)= 4,29, P < 0,05) e tratamento (F(1,26)= 29,18, P < 0,05), sem efeito para interação condição x tratamento (F(1,26)= 0,32, P > 0,05)] e %TBA [tratamento (F(1,26)= 14,51, P < 0,05), sem efeito para condição (F(1,26)= 0,009, P > 0,05) e interação condição x tratamento (F(1,26)= 0,07, P > 0,05)]. Para a atividade locomotora nenhuma alteração significativa foi registrada [condição (F(1,26)= 0,38, P > 0,05); tratamento (F(1,26)= 1,36, P > 0,05) e interação condição x tratamento (F(1,26)= 0,93, P > 0,05)]. Análises de post hoc mostraram que ocorreu aumento dos índices de ansiedade durante a exposição [%EBA (veículo: 26,01 ± 4,65; OND: 53,68 ± 5,45, P < 0,05) e %TBA (veículo: 8,33 ± 2,09; OND: 24,11 ± 6,02, P < 0,05)] e a reexposição [%EBA (veículo: 7,37 ± 4,34; OND: 46,37 ± 8,72, P < 0,05) e %TBA (veículo: 4,38 ± 2,82; OND: 29,42 ± 8,73, P < 0,05)]. Nenhum dos tratamentos afetou a atividade locomotora. Conclusões: A injeção de ondansetron na amídala produziu efeito ansiolítico em camundongos ingênuos e reexpostos ao LCE. Este resultado corroborra estudos anteriores obtidos com agonista e antagonista GABAA (Brain research. 1267:65-76, 2009), sugerindo que a amídala não está envolvida com o fenônemo de tolerância por uma única exposição ao labirinto. CAPES, Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PIPGCF) Associação Ampla UFSCar-UNESP.


Palavras-chave:  Serotonina, Amídala, Ondansetron, Reexposição, Labirinto em Cruz Elevado (LCE)