SBNeC 2010
Resumo:D.010


Poster (Painel)
D.010OS NÚCLEOS DOPAMINÉRGICOS DO MESENCÉFALO DO MOCÓ (Kerodon rupestris): DELIMITAÇÃO CITOARQUITETÔNICA E POR IMUNOISTOQUÍMICA PARA TIROSINA-HIDROXILASE
Autores:José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Joacil Germano Soares (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Francisco Gilberto Oliveira (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Twyla Barros de Souza (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Fausto Pierdoná Guzen (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Expedito Silva do Nascimento Júnior (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Jeferson Souza Cavalcante (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Miriam Stela Maris de Oliveira Costa (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

Introdução: Os núcleos do mesencéfalo que expressam Dopamina são o Campo Retrorubral (RRF, grupo A8), a Substância Negra pars compacta (SNc, grupo A9) e a Área Tegmental Ventral (VTA, grupo A10). Tais núcleos estão envolvidos em três complexas circuitarias que são a mesoestriatal, mesolímbica e mesocortical e estão relacionadas diretamente com diversas manifestações comportamentais como controle da motricidade, sinalização de recompensa na aprendizagem comportamental, motivação e nas manifestações patológicas da Doença de Parkinson e esquizofrenia. Todavia, muitos aspectos de caráter morfofuncional desses núcleos ainda continuam sem esclarecimentos. O objetivo do trabalho foi dispor a delimitação citoarquitetônica dos núcleos dopaminérgicos do mocó (Kerodon rupestris), um roedor de hábito crepuscular, típico do semi-árido nordestino, que está sendo adotado como modelo experimental pelo Laboratório de Neuroanatomia da UFRN. Metodologia: Quatro animais foram utilizados. Os mesmos foram pré-anestesiados com Sulfato de atropina e Tramadol, depois anestesiados com a associação de Ketamina, Xilazina e Diazepam, e então submetidos à perfusão transcardíaca para fixação com Paraformaldeído 4%. Feito isso, os encéfalos foram removidos e, por congelação, dois deles foram seccionados no plano coronal e dois no plano sagital, obtendo-se cortes de 30 micrômetros. Os cortes foram distribuídos em seis compartimentos, sendo um deles corado pelo método de Nissl e os demais por meio de imunoistoquímica para Tirosina-Hidroxilase (TH) e Proteína Nuclear Neuronal Específica (NeuN). Resultados: Por meio da imunoistoquímica para TH, constatou-se uma distinta população de neurônios, com intensa árvore dendrítica cuja arborização encontra-se principalmente na porção ventral do tegmento mesencefálico, área esta onde se encontra a Substância Negra pars Reticulada (SNr). Além disso, nas porções mais rostrais do mesencéfalo, foi possível identificar a disposição topográfica da SNc e da VTA, ao passo que nas porções caudais a RRF era mais evidente como uma larga faixa dorsal à SNc. A marcação pelo método de Nissl permitiu a visualização das disposições topográficas desses núcleos, bem como contribuiu com a delimitação de cada um deles. Todavia, no caso da imunoistoquímica para NeuN, não houve uma marcação adequada das porções ventrais do mesencéfalo, o que impossibilitou a delimitação dos núcleos dopaminérgicos mediante este recurso. Conclusões: Em face das particularidades inerentes ao estudo citoarquitetônico dos neurônios dopaminérgicos do mesencéfalo do mocó, julga-se necessária a ampliação de estudos que viabilizem o aprofundamento dessas análises, a partir de pesquisas que envolvam caracterização neuroquímica e estudos hodológicos. Desta maneira, será possível compreender os aspectos morfofuncionais que determinam a singularidade deste animal.


Palavras-chave:  Dopamina, Kerodon rupestris, Mesencéfalo