SBNeC 2010
Resumo:C.075


Poster (Painel)
C.075GANHO DE CONTRASTE DO POTENCIAL CORTICAL PROVOCADO TRANSIENTE GERADO POR ESTIMULAÇÃO ONSET/OFFSET: INDICAÇÃO DE SEPARAÇÃO DAS VIAS PARALELAS VISUAIS
Autores:Gabriela Fernanda Paixão Cunha (UFPA, NMT - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical) ; Bruno Duarte Gomes (UFPA, ICB - Universidade Federal do Pará) ; Givago da Silva Souza (UFPA, NMT - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina TropicalUFPA, ICB - Universidade Federal do Pará) ; Luiz Carlos de Lima Silveira (UFPA, NMT - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina TropicalUFPA, ICB - Universidade Federal do Pará)

Resumo

Objetivo: Estimar o ganho de contraste da amplitude do potencial cortical provocado transiente em função do contraste acromático do estímulo onset / offset. Métodos: Quatro pessoas, entre 18 e 25 anos, com visão tricromática foram testadas monocularmente. Os estímulos foram redes isocromáticas (CIE1976: u’: 0,219; v’: 0.480) com luminância modulada senoidalmente no espaço com padrão temporal onset (300 ms) / offset (700 ms). Foram testadas as freqüências espaciais de 0,4, 2 e 10 cpg em 9 níveis de contraste de Michelson. A luminância média do estímulo foi igual a do fundo ao redor (40 cd/m2). Foram usados três eletródios localizados em Fp (terra), Fpz (inativo), e Oz (ativo). Os sinais bioelétricos foram amplificados 30.000 vezes e digitalizados (1000 Hz). O programa Spike 2 foi utilizado para aquisição e armazenamento dos dados dos sinais bioelétricos. Os registros foram filtrados entre 0,3 Hz e 100 Hz e promediados (298 varreduras) em uma rotina de análise programada em ambiente de programação MATLAB. Foi medida a amplitude pico a linha de base do componente C1 e C2 nos diversos contrastes e freqüências espaciais. A variação da amplitude de cada componente foi ajustada a funções hiperbólicas ou logarítmicas. O ajuste da função ao modelo foi calculado pelo quadrado do coeficiente de correlação do momento do produto de Pearson (R2). O ganho de contraste foi calculado como a primeira derivada da função que melhor se ajustou aos dados em cada freqüência espacial no contraste cuja amplitude era a metade da amplitude máxima da função. Resultados: Para 0,4 cpg e 2 cpg, para o componente C1, dois sujeitos tiveram seus dados ajustados melhor por funções hiperbólicas (R2>0,75) e os outros dois sujeitos por funções logarítmicas (R2>0,8). Em 10 cpg, dois sujeitos tiveram seus dados melhor ajustados para funções logarítmicas (R2>0,88) e em dois sujeitos nenhuma das funções foram ajustadas adequadamente aos dados. Para o componente C2, apenas em 2 cpg, dois sujeitos apresentaram bom ajuste dos dados à funções hiperbólicas (R2>0,7). Nas demais condições, todos os sujeitos, não tiveram ajuste adequado a nenhuma das funções. O ganho de contraste das funções do componente C1 em todos os sujeitos foi mais alto em 0,4 e foi mais baixo em 10 cpg. Não foi calculado o ganho de contraste das funções referentes ao componente C2 devido a falta de ajuste dos dados aos modelos. Conclusão: O ganho de contraste estimado para o componente C1 pode ser um indicador de ativação diferencial das vias paralelas visuais, já que ele é maior nas baixas freqüências espaciais, semelhante aos dados de registro unitário de células M, e menor nas altas freqüências espaciais, semelhante aos dados de registro unitário de células P.


Palavras-chave:  Contraste de luminância, Eletrofisiologia humana, Potencial cortical provocado visual, Visão espacial