SBNeC 2010
Resumo:C.084


Poster (Painel)
C.084AVALIAÇÃO PSICOFÍSICA VISUAL DE SUJEITOS COM HISTÓRIA DE ALCOOLISMO CRÔNICO
Autores:Isabelle Christine Vieira da Silva Martins (ICS/UFPA - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do ParáNMT/UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Alódia Brasil Costa (ICS/UFPA - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do ParáNMT/UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Anderson Raiol Rodrigues (NMT/UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Eliza Maria da Costa Brito Lacerda (ICB/UFPA - Instituto de Ciências Biológicas,Universidade Federal doPará) ; Monica Gomes Lima (ICB/UFPA - Instituto de Ciências Biológicas,Universidade Federal doPará) ; Antônio José de Oliveira Castro (ICS/UFPA - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do ParáNMT/UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará) ; Luiz Carlos de Lima Silveira (NMT/UFPA - Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do ParáICB/UFPA - Instituto de Ciências Biológicas,Universidade Federal doPará)

Resumo

Objetivo. Avaliar o desempenho visual, através de métodos psicofísicos, de sujeitos com história de alcoolismo crônico em período de abstinência. Métodos. Foram avaliados 5 homens e 3 mulheres dentro da faixa etária de 31- 60 anos (47,2±7,8 anos), todos integrantes do grupo de Alcoólicos Anônimos, cuja história de alcoolismo crônico foi em média de 14,2±6,0 anos e com período de abstinência de 15,7±10,3 anos. Na avaliação acromática empregou-se a medida da Sensibilidade ao Contraste Espacial de Luminância (SCEL) (n=8), com a avaliação de 11 freqüências espaciais (0,2; 0,5; 0,8; 1; 2; 4; 6; 10; 15; 20; 30 cpg). O campo visual (n= 8) foi avaliado através da Perimetria Estática Limiar de Humphrey (PELH) com a estratégia central 30-2, analisado pela divisão do campo em três anéis (10º, 20º e 30º de ângulo visual). Para a avaliação cromática, aplicou-se: (1) teste de Farnsworth-Munsell de 100 matizes (FM100) (n=8), com a análise dos valores de erro; (2) teste de Mollon-Reffin de oito direções (MR8) (n=8), determinando-se os limiares de sensibilidade cromática em 5 regiões do espaço de cores CIE1976, com os limiares ajustados à equações elípticas e a variável adotada para análise sendo o diâmetro do círculo com mesma área da elipse. Os resultados dos sujeitos com histórico de alcoolismo crônico foram comparados aos de sujeitos controles na mesma faixa etária, com os seguintes tamanhos amostrais: SCEL (n=44); PELH (n=17); FM100 (n=55) e MR8 (n=33). As análises estatísticas foram realizadas para alfa igual a 0,05. O teste de ANOVA para 2 critérios e medidas replicadas foi empregado para o SCEL, PEH e MR8. O teste t de Student para amostras independentes foi o utilizado para o FM100. Resultados. Não foi encontrada diferença estatística entre os grupos controle e de sujeitos com história de alcoolismo crônico quanto à sensibilidade ao contraste espacial de luminância. Todavia, foi observado diminuição de sensibilidade para os três anéis avaliados na PELH (p<0,05). No FM100, os valores de erro estão acima do encontrado para o grupo controle (p<0,05) o que evidencia uma menor capacidade na discriminação de cores. No MR8 houve diferença significante entres os grupos quanto ao diâmetro do círculo (p<0,05). Conclusões. Os resultados demonstram que podem existir alterações pelo consumo crônico de álcool no campo visual e na visão de cores, mesmo que os sujeitos estejam em abstinência do uso de bebidas alcoólicas. As alterações na visão cromática podem ocorrer sem perda da sensibilidade ao contraste espacial de luminância.


Palavras-chave:  Alcoolismo crônico, Sensibilidade ao contraste, Visão cromática, Visão acromática, Psicofísica visual