SBNeC 2010
Resumo:C.021


Poster (Painel)
C.021ANATOMIA DO OLHO E IDENTIFICAÇÃO NEUROQUÍMICA DE CÉLULAS DOPAMINÉRGICAS NA RETINA DO MOCÓ (Kerodon rupestris)
Autores:Francisco Gilberto Oliveira (URCA - UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRIUFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTEUFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Joacil Germano Soares (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; Twyla Barros de Sousa (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; Leandro Moura de Freitas (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; Belmira Lara da Silveira Andrade da Costa (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Jeferson de Souza Cavalcante (UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Expedito Silva do Nascimento Junior (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; Judney Cley Cavalcante (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE) ; Miriam Stela Maris de Oliveira Costa (UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)

Resumo

O sistema visual representa um importante elo entre um animal e o mundo em sua volta, com profunda influência nos seus hábitos e estilo de vida, nos mais variados habitats. O sistema sensorial do olho é representado pela retina que, organizada radialmente em diferentes camadas morfofuncionais, é responsável pela recepção, análise inicial e transmissão da informação para o encéfalo. A organização sináptica da retina apresenta uma grande complexidade funcional dentro de uma aparente simplicidade estrutural. O conhecimento da posição dos olhos na cabeça e da distribuição de células retinianas possibilita identificar adaptações de cada espécie ao seu campo visual, o qual é peculiar para cada estilo de vida dentro do nicho ecológico que ele ocupa. Um saudável sistema dopaminérgico é fundamental para funções visuais como adaptação à luz, visão colorida, contraste, sensibilidade e acuidade visual. O presente trabalho tem como objetivo estudar as características anatômicas do olho e identificar as células dopaminérgicas da retina do mocó (Kerodon rupestris), um roedor característico do Nordeste Brasileiro que possui hábitos crepusculares e está sendo utilizado como modelo animal para estudos de ritmos circadianos no Laboratório de Cronobiologia-UFRN. METODOLOGIA: Os animais foram anestesiados, tiveram os olhos enucleados, feitas janelas de abertura na córnea e fixados por imersão em paraformaldeído 4%. Para o exame macroscópico, os olhos foram enucleados previamente à fixação, congelados por imersão em metanol com gelo seco, seccionados em micrótomo de deslizamento, e fotografados para análise das dimensões intraoculares das lentes, e diâmetro axial do olho. Para caracterização neuroquímica, algumas retinas foram cortadas em criostato e outras dissecadas por inteiro (wholemount) e submetidas à uma reação histoquímica, usando um anticorpo anti-tirosina hidrohilase (TH), para caracterizar subpopulação de células amácrinas dopaminérgicas. Todo o protocolo experimental utilizado foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFRN, protocolo 015/2009 e a captura dos animais autorizada pelo IBAMA, sob número 22403-1, de 24.12.2009. RESULTADOS: os primeiros exames macroscópicos nos mostram que em média, o diâmetro axial do olho é de 1,12 cm, com desvio padrão de 0,10 cm, ao nível do nervo óptico. Nos cortes, as células TH positivas encontram-se alinhadas e distribuídas ao longo de toda a extensão da camada plexiforme interna. Na montagem plana, as células TH positivas encontram-se uniformemente distribuídas por toda a extensão da retina. CONCLUSÕES: a grande quantidade de processos TH positivos é compatível com vários trabalhos na literatura, segundo os quais neurônios dopaminérgicos encontram-se perfeitamente posicionados na retina interna para facilitar a propagação de dopamina pelo volume de transmissão, e nos leva a investigar um possível contato entre esses processos e os das células ganglionares, nosso próximo passo nesse estudo.


Palavras-chave:  dopamina, mocó, retina, sistema visual