SBNeC 2010
Resumo:J.168


Poster (Painel)
J.168ADMINISTRAÇÃO DE MORFINA PRÉ-RETESTE NÃO FACILITA ATIVIDADE ROTACIONAL INDUZIDA PELO TESTE DE MOTRICIDADE SOBRE GRADE EM MODELO ANIMAL DE PARKINSONISMO
Autores:Camilla Lazzaretti (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Milene Borsoi (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Cristiane Batassini (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Andressa Lovato Tadiotto (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Lucas F.de Oliveira (UCS - Universidade de Caxias do Sul) ; Tadeu Mello E Souza (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Resumo

Introdução:O modelo animal da doença de Parkinson com infusão da neurotoxina 6-hidroxidopamina(6-OHDA)no corpo estriado de ratos provoca a morte dos neurônios dopaminérgicos da Substância nigra e a depleção desse neurotransmissor.O Teste de Motricidade sobre Grade (TMG) consiste em colocar o animal lesionado unilateralmente com 6-OHDA por 3 minutos sobre uma grade elevada à altura de 76 cm do solo para se verificar se ocorre ou não atividade rotacional induzida pelo contexto. Essa atividade rotacional não requer a utilização de drogas dopaminomiméticas, mas ocorre apenas na primeira sessão de teste.Como a exposição à novidade causa a liberação de opióides endógenos, pode-se especular que essa liberação possa ser um fator importante na indução da atividade rotacional na primeira sessão, e que a administração de opióides poderia facilitar a atividade rotacional em sessões subseqüentes.Objetivos: Induzir a atividade rotacional presente no TMG na segunda e posteriores sessões através da administração de morfina pré-teste em ratos lesionados pela infusão unilateral de 6-OHDA no corpo estriado.Métodos: Ratos Wistar machos de 110 dias de idade foram anestesiados com equitesina (3,3 mg/Kg, i.p.)e submetidos à cirurgia estereotáxica com o intuito de receber 3 infusões de 6-OHDA no corpo estriado direito (2 µl cada, total de 21µg; veículo: ácido ascórbico 0,20% em salina), através das seguintes coordenadas a partir do bregma, em mm: 1ª infusão: AP 0,0, LL -2,8, DV -6,0; 2ª infusão, AP -0,5, LL -3,9, DV -6,0; 3ª infusão, AP -1,2, LL -4,1 , DV-6,0; bocal, 0. O dia da cirurgia foi, então, considerado como dia 0. No dia 20, cada animal foi colocado em uma arena circular de 80 cm de diâmetro por 4 minutos para avaliar sua locomotividade. No dia 21, realizou-se a primeira sessão do TMG sem a prévia administração de drogas. Nos dias 22 e 29, foram realizadas novas sessões do TMG com a administração prévia (80 minutos) i.p. de morfina 4 mg/kg ou apenas de salina. Nessas sessões, os ratos foram distribuídos procurando-se igualar os grupos segundo a locomotividade apresentada na arena circular. Finalmente, no dia 118 novo reteste foi feito, sendo que os animais que em sessões anteriores receberam morfina, receberam desta vez salina, e vice-versa.Resultados: Nove dos 13 animais apresentaram rotações induzidas pelo contexto na primeira sessão, sendo que 5 deles receberam morfina nos testes dos dias 22 e 29 e 4 deles receberam salina. Destes 9 animais que giraram na primeira sessão, apenas 2 reapresentaram rotações e isto ocorreu em apenas em um dos dois primeiros retestes, sendo que ambos receberam morfina pré-teste.Entretanto, não foi significativa a diferença entre os grupos quanto ao número de animais que reapresentaram atividade rotacional em pelo menos um dos retestes (p=0,4444, teste exato de Fisher).Três dos 4 animais que não apresentaram rotações na primeira sessão apresentaram rotações, mas apenas em uma única sessão posterior.Conclusões:A administração pré-reteste de morfina 4 mg/kg via i.p. não recupera a atividade rotacional no TMG encontrada em uma primeira sessão, e ratos que não giraram nesta primeira sessão podem vir a girar em sessão posterior.Entretanto, não podemos ainda descartar a possibilidade que morfina não possa induzir a atividade rotacional em reteste do TMG, se dada em outra dose,ou que opióides endógenos não medeiem referida atividade na primeira sessão.Fomento:CAPES;Instituto Brasileiro de Neurociência(IBN-Net),FINEP.


Palavras-chave:  PARKINSONISMO, 6-OHDA, TMG, MORFINA