SBNeC 2010
Resumo:E.015


Poster (Painel)
E.015PARADIGMA DA EXPLORAÇÃO LIVRE: ESTABILIDADE TEMPORAL EM FÊMEAS WISTAR
Autores:Fábio Ursulino Reis Carvalho (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Tiago Costa Goes (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Débora Ramiro Oliveira (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Virgínia Mara Pereira (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Flávia Texeira Silva (UFS - Universidade Federal de Sergipe)

Resumo

OBJETIVOS O Paradigma da Exploração Livre (PEL) tem sido proposto como modelo de ansiedade-traço. Por definição, ansiedade-traço não varia de momento em momento, portanto, um modelo a ser utilizado para avaliar a ansiedade-traço deve ser estável ao longo do tempo, ou seja, ele precisa dar os mesmos resultados em pelo menos dois testes seqüenciais. Essa característica do modelo já foi demonstrada para ratos Wistar machos (Physiol. Behav. 96:729; 2009). No entanto, levando-se em consideração as significantes diferenças fisiológicas e comportamentais entre machos e fêmeas, o objetivo do presente estudo foi avaliar a confiabilidade teste-reteste do PEL em fêmeas. METODOLOGIA Primeiramente, o ciclo estral das ratas foi monitorado por duas semanas, através de lavados vaginais diários, somente sendo selecionadas para o estudo ratas que apresentaram três ou quatro ciclos regulares seguidos. Subseqüentemente, cada rata, de um total de 12, foi submetida ao PEL em duas ocasiões (Teste-Reteste), com um intervalo de 60 dias entre elas. Em cada ocasião, as ratas foram colocadas individualmente na caixa de exploração livre na noite do proestro, para que seu comportamento fosse observado, 24 horas depois, na fase de estro. Os parâmetros observados foram: porcentagem de tempo no ambiente novo (%TAN), porcentagem de ambulação no ambiente novo (%AAN), porcentagem de tempo “rearing” no ambiente novo (%TRAN) e número de tentativas de aproximação do ambiente novo (TENT). O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) foi calculado para cada um dos parâmetros avaliados. RESULTADOS Os parâmetros %TAN (média ± DP: teste = 52,1 ± 28,8; reteste = 46,1 ± 25,9), %AAN (média ± DP: teste = 51,9 ± 24,8; reteste = 48,9 ± 25,6) e %TRAN (média ± DP: teste = 51,8 ± 29.4; reteste = 52,6 ± 26,1) mostraram-se estáveis ao longo do tempo (CCI: %TAN = 0,78, p = 0,0007; %AAN = 0,74, p = 0,0018; %TRAN = 0,74, p = 0,0018). CONCLUSÃO Os resultados mostram que o PEL apresenta boa confiabilidade teste-reteste também em fêmeas, trazendo mais apoio para a sua proposta como modelo de ansiedade-traço.


Palavras-chave:  Paradigma de exploração livre, Ansiedade, Estabilidade Temporal, Modelo animal, Ratas