SBNeC 2010
Resumo:C.008


Prêmio
C.008Tolerância À Dor ao Frio E Estimativa de Dor Em Mulheres Com Depressão - Cold Pain Tolerance and Pain Estimates in Depressed Women
Autores:Ana Maria Crepaldi (UNB - Universidade de Brasília) ; Fernando Pereira Miranda (UNB - Universidade de Brasília) ; Wania Cristina Souza (UNB - Universidade de Brasília) ; Antonio Pedro de Mello Cruz (UNB - Universidade de Brasília)

Resumo

No Brasil, onde existe grande ocorrência de casos de Transtorno Depressivo Maior (TDM) em comorbidade com sintomas dolorosos, há uma carência de pesquisa básica sobre a interação entre depressão e percepção de dor. O presente trabalho teve como objetivo contribuir para esclarecer como os estados depressivos podem influenciar a percepção de dor em ambientes experimentais, por meio do uso do Teste Pressor ao Frio (TPF) como método de indução de dor e do Questionário de Dor de McGill (QDM) como métrica de avaliação da dor. Foi realizado um experimento envolvendo 30 mulheres para averiguar possíveis diferenças entre os resultados do TPF e do QDM entre os grupos com e sem depressão, de acordo com 3 critérios psicométricos diferentes. O diagnóstico de depressão e a ausência de sintomas depressivos foram verificados através dos questionários Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I.), do Inventário de Beck Para Depressão e dos dois utilizados concomitantemente. A sensibilidade à dor foi comparada entre mulheres com e sem depressão de acordo com três diferentes critérios psicométricos. As medidas utilizadas para averiguar a sensibilidade à dor foram: tolerância à dor, verificada através da latência de retirada da mão da água no TPF e os índices de estimativa sensorial, afetiva e global de dor do QDM. O grupo controle tendeu a permanecer mais tempo com a mão na água e a atribuir maior valor sensorial à experiência, enquanto as mulheres com depressão atribuíram maior valor afetivo à dor experienciada. Estas diferenças foram estatisticamente significantes quando utilizamos os diagnósticos dos instrumentos M.I.N.I. e Beck separadamente. Entretanto, quando comparamos as mulheres saudáveis com mulheres classificadas como tendo Depressão Maior Atual e Recorrente de acordo com o M.I.N.I., o resultado foi oposto: o grupo controle apresentou escores de índice afetivo significantemente maiores do que o grupo com Depressão Maior Atual e Recorrente, talvez indicando uma possível dessensibilização afetiva na depressão recorrente. Palavras-chave: percepção de dor, depressão, tolerância à dor, teste pressor ao frio, questionário de dor de Mcgill, mini international neuropsychiatric interview, inventário de depressão de Beck. Instituição de fomento: CAPES


Palavras-chave:  Percepção de Dor, Questionário de Dor de McGill, Inventário de Depressão de Beck, International Neuropsychiatric Interview, Teoria da Comporta da Dor