SBNeC 2010
Resumo:B.028


Prêmio
B.028AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOS RECEPTORES A2A DE ADENOSINA NA OCORRÊNCIA DE CONVULSÕES POR ÁCIDO QUINOLÍNICO EM CAMUNDONGOS PRÉ-CONDICIONADOS COM NMDA.
Autores:Douglas Nuernberg de Matos (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Michele Garcéz (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Gabriela Maria Zambon (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Bruna Pescador Mendonça (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Carina Rodrigues Boeck (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense)

Resumo

Introdução: O glutamato é um neurotransmissor que contribui para o dano neuronal através da excitotoxicidade ocasionada pela excessiva estimulação dos receptores do tipo NMDA. Apesar dessa neurotoxicicidade, observam-se efeitos neuroprotetores pelo uso de baixas doses do agonista NMDA como pré-condicionamento contra convulsões e morte celular induzidas pelo também agonista, o ácido quinolí­nico (AQ). A adenosina é um potente regulador da atividade neuronal e está sendo estudada como um anticonvulsivo endógeno. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar a participação dos receptores A2A de adenosina no efeito protetor do NMDA contra convulsões do AQ. Materiais e métodos: Os camundongos albinos CF1 machos adultos anestesiados com 7g% de hidrato de cloral i.p. receberam uma cânula guia no ventrí­culo cerebral direito através de cirurgia. Os animais receberam i.p. salina ou doses sub-convulsivas de NMDA (75 mg/kg) 48 horas após cirurgia. O antagonista seletivo dos receptores A2A de adenosina, ZM241385, foi administrado i.c.v. imediatamente ou 1 hora após a injeção de NMDA. O ácido quinolínico (4 μL; 9,2 mM) ou salina foi administrado i.c.v. 24 horas após a administração de NMDA. Vinte e quatro horas após a administração de AQ os animais foram decapitados e o córtex dissecado para separação das proteí­nas e imunodetecção. Os animais foram separados nos grupos: Salina, NMDA, AQ, NMDA+AQ não convulsiona, NMDA+AQ convulsiona. Resultados e conclusões: Observamos que o conteúdo dos receptores A2A de adenosina não foi alterado em qualquer dos grupos experimentais avaliados (ANOVA duas vias, P > 0,05). Todos os camundongos tratados apenas com AQ convulsionaram. O pré-tratamento com NMDA protegeu a convulsão em 53% dos animais tratados com AQ (nº de animais com convulsão/total de animais: AQ = 28/28, e NMDA+AQ = 13/28; teste Exato de Fisher, P < 0,001). Porém, em dados preliminares, verificamos que a administração de ZM241385 imediatamente ou 1 hora após o NMDA não alterou a proteção induzida pelo pré-tratamento com NMDA (n° de animais com convulsão/total de animais: NMDA+ZM 0h+QA = 3/7, e NMDA+ZM 1h+AQ = 6/7; teste Exato de Fisher, P > 0,05). Verificamos que o ZM241385 não modificou a neuroproteção induzida pelo NMDA, assim, sugerimos que o receptor A2A de adenosina não está envolvido na neuroproteção pelo pré-condicionamento com NMDA.


Palavras-chave:  PRÉ-CONDICIONAMENTO COM NMDA, RECEPTORES DE ADENOSINA, ÁCIDO QUINOLÍNICO, CONVULSÃO