SBNeC 2010
Resumo:H.019


Poster (Painel)
H.019MONITORAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO DA PRESSÃO INTRACRANIANA EM PACIENTES COM TRAUMAS CRANIANOS
Autores:Ligia Akemi Kiyuna (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Danilo Augusto Cardim (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Gustavo Henrique Frigieri Vilela (IFSC/USP - Instituto de Física de São Carlos/Universidade de São Paulo) ; Charles Chenwei Wang (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Luiz Eduardo Genovez Damiano (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Fabio Alexandre Casarin Pastor (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Olavo Amorin dos Santos (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Paula Andrea Gabrielli Fregonezzi (IFSC/USP - Instituto de Física de São Carlos/Universidade de São Paulo) ; Wilson Seluque Ferreira (HCRP/USP - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto) ; Koji Tanaka (FMRP/USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) ; Benedicto Oswaldo Colli (FMRP/USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) ; Keico Okino Nonaka (UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos) ; Sérgio Mascarenhas (IFSC/USP - Instituto de Física de São Carlos/Universidade de São Paulo)

Resumo

A pressão intracraniana (PIC) é um dos principais parâmetros neurológicos em humanos e animais. A PIC é uma função da relação entre o conteúdo da caixa craniana (parênquima cerebral, líquido cefalorraquiano e sangue) e o volume do crânio. O aumento da PIC (hipertensão intracraniana) pode acarretar graves efeitos fisiológicos ou até mesmo o óbito em pacientes que não receberem rapidamente os devidos cuidados, que inclui a monitoração em tempo real da PIC. Todos os métodos atualmente existentes no mercado são invasivos, podendo consequentemente acarretar infecções e traumas. Com o objetivo de minimizar os riscos para o paciente e diminuir os custos hospitalares, desenvolvemos um novo método minimamente invasivo para monitorar a pressão intracraniana. Este trabalho visa acompanhar as variações da PIC em pacientes monitorados simultaneamente com o sistema invasivo e com o equipamento desenvolvido por nosso grupo de pesquisa. Pacientes com traumatismos cranianos hospitalizados na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) receberam os cuidados cirúrgicos iniciais para a estabilização do quadro clínico e a implantação de um sistema de monitoramento invasivo intraparenquimatoso da pressão intracraniana, o sistema Camino®, no hemisfério direito do encéfalo, com trepanação no osso parietal. No osso parietal contralateral ao trepanado, lateralmente à sutura sagital, foi colado com n-butil-cianoacrilato o sistema desenvolvido por nosso grupo, constituído por um sensor de deformação do tipo “strain-gauge”. O paciente foi monitorado digitalmente em tempo real enquanto estava no Centro de Terapia Intensiva. As funções temporais dos dois sensores foram devidamente analisadas através de softwares matemáticos. Foi possível observar que os dois sistemas foram capazes de monitorar a PIC. O novo sistema minimamente invasivo de monitoramento da pressão intracraniana foi capaz de monitorar a PIC nos pacientes analisados, com variações coerentes com a apresentada pelo sistema invasivo, apresentando inclusive respostas mais rápidas. A utilização hospitalar deste novo sistema representa importante avanço na técnica, bem como outras vantagens quando comparado com o sistema invasivo, tais como eliminação de riscos de infecção e traumas decorrentes do método invasivo. O sistema desenvolvido representa sob o ponto de vista sócio-econômico um custo menor, o que possibilitará ampliar o seu uso no Sistema Único de Saúde. Apoio Financeiro: FAPESP


Palavras-chave:  PIC, Pressão Intracraniana, Minimamente Invasivo, Neurocirurgia, Instrumentação Médica