SBNeC 2010
Resumo:C.081


Poster (Painel)
C.081ESTUDO DE PACIENTES COM DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE ANTES, DURANTE E APÓS TRATAMENTO COM RANIBIZUMABE ATRAVÉS DA AVALIAÇÃO DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA, ELETRORRETINOGRAFIA MULTIFOCAL E CAMPO VISUAL
Autores:Izabela Negrão Frota de Almeida (UFPA - Núcleo de Medicina TropicalUFPA - Instituto de Ciências da Saúde) ; Luciana Negrão Frota de Almeida (UFMG - Hospital São Geraldo) ; Edmundo Frota de Almeida Sobrinho (UFPA - Instituto de Ciências da SaúdeUFPA - Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza) ; Givago da Silva Souza (UFPA - Núcleo de Medicina TropicalUFPA - Instituto de Ciências Biológicas) ; Aline Correa Carvalho (UFPA - Núcleo de Medicina Tropical) ; Monica Gomes Lima (UFPA - Instituto de Ciências Biológicas) ; Eliza Maria da Costa Brito Lacerda (UFPA - Instituto de Ciências Biológicas) ; Bruno Duarte Gomes (UFPA - Instituto de Ciências Biológicas) ; Alexandre Antônio Marques Rosa (UFPA - Instituto de Ciências da SaúdeUFPA - Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza) ; Luiz Carlos de Lima Silveira (UFPA - Núcleo de Medicina TropicalUFPA - Instituto de Ciências Biológicas)

Resumo

OBJETIVOS: Avaliar a morfologia e a eletrofisiologia da retina e o campo visual de pacientes com diagnóstico de membrana neovascular de coróide (NVC) secundária à degeneração macular relacionada à idade (DMRI) antes, durante e após o tratamento com ranibizumabe. MÉTODOS: Três pacientes (#1, 72 anos; #2, 62 anos; #3, 80 anos) com DMRI que apresentavam NVC foram estudados com tomografia de coerência óptica (OCT), eletrorretinografia multifocal (mfERG) e perimetria estática limiar, protocolo central 30-2 (PEL 30-2). Critérios de inclusão: ambos os gêneros; idade superior a 55 anos; diagnóstico oftalmológico de NVC secundária à DMRI; assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram realizadas duas injeções intravítreas do anti-angiogênico ranibizumabe com o intervalo de um mês entre cada injeção. OCT, mfERG, PEL 30-2 foram realizadas antes da primeira injeção (D0) e um mês após cada injeção (D30 e D60). RESULTADOS: Paciente #1, OCT: aumento da espessura das camadas internas da retina nasal devido a líquido intrarretiniano; aumento da espessura e irregularidade da camada do complexo epitélio pigmentado da retina-coriocapilar (ERP-CC) compatível com CNV; estável após as duas aplicações. Paciente #1, mfERG: O número de respostas válidas aumentou em relação à antes da injeção (D0: 7, D30: 28, D60: 11). Paciente #2, OCT, D0: aumento da espessura das camadas internas da retina na região macular devido a líquido intrarretiniano; aumento da espessura do complexo EPR-CC compatível com CNV. D30: redução completa do edema intrarretiniano; persistência do aumento da espessura do complexo EPR-CC. D60: não foi observado nenhum sinal tomográfico de atividade da membrana restando apenas cicatriz sub-retiniana. Paciente #2, mfERG, número de respostas válidas D0: 83, D30: 101 e D60: 102. Paciente #3, OCT: aumento da espessura das camadas internas da retina compatível com edema intrarretiniano, persistente até D60. Paciente #3, mfERG: Diminuição do número de respostas válidas após a segunda injeção (D0: 102; D30: 102; D60:77). Na PEL 30-2, D0: Pacientes #1 e #3, fora dos limites de tolerância da população controle; Paciente #2, média de sensibilidade dentro dos limites de tolerância para o 3° anel, MD e PSD. D30: Paciente #1 com média de MD dentro dos limites de tolerância; Paciente #2 dentro dos limites de tolerância; Paciente #3 fora dos limites de tolerância. D60: Paciente #1 com média de sensibilidade dentro dos limites de tolerância para o 1° anel; Pacientes #2 e #3 para o 3° anel. Teste t indica que essa melhora está presente apenas nos dados do paciente o paciente #2. Na comparação feita através da ANOVA de uma via mostrando o efeito das injeções nos pacientes, revelou uma melhora para o Paciente #1 no 2° e 3° anéis, ambos com relação a situação “antes do tratamento e após a 1° injeção” e “antes do tratamento e após a 2° injeção”, porém não houve melhora entre a 1° e a 2° injeção. O paciente #3 também teve uma melhora, porém na condição “antes do tratamento e após a 2° injeção”. CONCLUSÃO: O OCT, o mfERG e a PEL 30-2 podem ser usadas para acompanhamento de pacientes com DMRI na avaliação da morfologia e função retinianas antes, durante e após o tratamento com ranibizumabe. A idade do paciente e as características morfológicas e eletrofisiológicas da retina de pacientes com DMRI são decisivas para o bom prognóstico do tratamento.


Palavras-chave:  DMRI, Ranibizumabe, Tomografia de coerência óptica, Eletrorretinografia multifocal, Campo visual