SBNeC 2010
Resumo:B.060


Poster (Painel)
B.060EFEITO DO PRÉ-CONDICIONAMENTO COM NMDA NA MEMÓRIA DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS AO TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO
Autores:Adriana Bitencourt Ghislandi (UNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Universidade do Extremo Sul CatarinenseUNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Daniela Bavaresco (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Leandro Nunes (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense) ; Lívia Dias (UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense)

Resumo

O glutamato possui funções associadas à aprendizagem e memória via os receptores NMDA. Porém, a superestimulação deste receptor causa excitotoxicidade levando a morte celular, como ocorre no traumatismo crânio-encefálico (TCE). O pré-condicionamento consiste aumentar a sobrevivência neuronal em futuras lesões, através da adaptação a baixas doses de insultos nocivos. O objetivo deste estudo é investigar se baixas doses de NMDA interfere na memória aversiva e de habituação, de curta e longa duração de camundongos submetidos ao TCE. Os camundongos CF-1 adultos machos foram divididos em grupos (n=12/tarefa/grupo): Salina; NMDA; TCE; NMDA+TCE. Os animais receberam solução salina (NaCl 0,9%) ou NMDA (75 mg/kg) 24 horas antes do TCE. O TCE ocorreu com o impacto de uma massa de 25g sobre o crânio após anestesia por inalação com O2/N2O. Após 24 horas do TCE, os animais foram treinados na Esquiva Inibitória (memória aversiva) e no Campo Aberto (memória de habituação), e foram avaliados nos testes após 1,5 hora, 24 horas e 7 dias. Os resultados da esquiva inibitória foram analisados por Wilcoxon e os resultados do Campo Aberto por One way ANOVA (P < 0,05). Na esquiva inibitória, verificou-se que os animais submetidos ao TCE aprenderam a tarefa. Porém, os animais que receberam apenas o NMDA apresentaram déficit de aprendizagem quando avaliados em 7 dias após o treino. No campo aberto, todos os grupos demonstraram aprendizagem em todos os tempos de testes, pois os camundongos apresentaram menor exploração do ambiente. Estes resultados demonstram que é provável que o trauma aplicado nos animais seja do tipo leve, o que pode não alterar alguns processos cognitivos. Ainda, que o déficit induzido pelo NMDA na memória de longa duração na esquiva inibitória pode ser devido a modificações permanentes nos mecanismos bioquímicos envolvidos neste tipo de memória.


Palavras-chave:   NMDA, Pré-condicionamento, Memória, Traumatismo Crânio-Encefálico