SBNeC 2010
Resumo:C.059


Poster (Painel)
C.059COMPARAÇÃO DOS KERNELS DE PRIMEIRA ORDEM DO ELETRORRETINOGRAMA MULTIFOCAL OBTIDOS COM OS ELETRÓDIOS BURIAN-ALLEN E DTL GERADOS POR ESTÍMULOS COM DIFERENTES NÚMEROS DE HEXÁGONOS.
Autores:Aline Correa de Carvalho (UFPA - Universidade Federal do Pará/Instituto de C. Biológicas) ; Givago da Silva Souza (UFPA - Universidade Federal do Pará/Núcleo de Medicina TropicalUFPA - Universidade Federal do Pará/Instituto de C. Biológicas) ; Bruno Duarte Gomes (UFPA - Universidade Federal do Pará/Núcleo de Medicina TropicalUFPA - Universidade Federal do Pará/Instituto de C. Biológicas) ; Dora Fix Ventura (USP - Universidade de São Paulo/Instituto de Psicologia) ; Luiz Carlos de Lima Silveira (UFPA - Universidade Federal do Pará/Núcleo de Medicina Tropical)

Resumo

Objetivos. Comparar os valores da amplitude RMS e do tempo implícito dos componentes N1 e P1 de registro de eletrorretinograma multifocal (mfERG) obtido com eletródio Burian-Allen e eletródio DTL. Métodos. Foram registrados mfERGs com os protocolos de estimulação de 37, 61 e 103 hexágonos. Os estímulos subtenderam 45º por 45º de campo visual. A luminância de cada hexágono foi controlada independentemente por uma seqüência binária e pseudoaleatória conhecida como seqüência m. O estímulo foi gerado pelo programa VERIS Science 6.05 e mostrado em uma microtela para estimulação a cores. Número de sujeitos testados: protocolo de 37 hexágonos, 13 com Burian-Allen e 10 com DTL; protocolo de 61 hexágonos, 11 e 9 com eletródio Burian-Allen e DTL, respectivamente; protocolo de 103 hexágonos, 11 com Burian-Allen e 8 com DTL. Todos os testes foram monoculares. O kernel de primeira ordem foi extraído através de correlação cruzada entre a sequência-m e o registro bioelétrico contínuo. Os valores da amplitude RMS e do tempo implícito de N1 e P1 foram medidos e correlacionados com o tipo de eletródio usado na aquisição dos registros. A análise estatística utilizada foi o teste ANOVA de fator único com nível de significância de 5%. Resultados. Protocolo de 37 hexágonos. Os valores da amplitude RMS foram estatisticamente iguais (P>0,05) entre os registros obtidos com ambos os eletródios em todos os anéis concêntricos correspondentes às áreas retinianas estimuladas. Os valores de tempo implícito do componente N1 com Burian-Allen e DTL, para todos os anéis, foram estatisticamente diferentes (P<0,05), com os valores de tempo implícito menores para aqueles obtidos com eletródio DTL. Não houve diferença estatística entre os valores de tempo implícito do componente P1 no 1º e 2º anéis, mas para o 3º e 4º anéis os valores de tempo implícito de P1 foram menores para os registros obtidos com DTL (P<0,05). Protocolo de 61 hexágonos. Os valores da amplitude RMS foram iguais para o 1º, 2º e 3º anéis, já para o 4º e 5º anéis foram diferentes, sendo maiores para os registros obtidos com Burian-Allen. Os valores de tempo implícito de N1 obtidos com ambos os eletródios foram iguais para o 1º, 2º e 4º anéis, já para o 3º e 5º anéis os valores de tempo implícito dos registros obtidos com DTL foram estatisticamente menores (P<0,05). Os valores de tempo implícito de P1 foram menores para os registros obtidos com DTL no 2º, 3º e 5º anéis e considerados iguais para o 1º e 4º anéis. Protocolo de 103 hexágonos. Exceto para o 1º anel, em todos os demais anéis, os valores da amplitude RMS foram diferentes (P<0,05). Neste caso os valores foram menores naqueles registros obtidos com Burian-Allen. Os tempos implícitos de N1 e P1 foram iguais entre os registros obtidos com Burian-Allen e DTL em todos os anéis, exceto no 6º anel do componente N1. Conclusão. A utilização de diferentes eletródios pode alterar o a amplitude RMS e o tempo implícito das respostas multifocais nas diferentes configurações de estímulos.


Palavras-chave:  Eletródio Burian-Allen, Eletródio DTL, Eletrofisiologia humana, Eletrorretinograma multifocal, Oftalmologia experimental