SBNeC 2010
Resumo:B.034


Prêmio
B.034TRATAMENTO IN VIVO COM INTERLEUCINA-6 MODULA O DESENVOLVIMENTO DA VIA RETINOTECTAL DE RATOS
Autores:Grasielle Duarte Menezes (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Vanessa Gama Goulart (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Daiane Santos da Silva (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Sheila Espírito Santo Araújo (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Claudio Alberto Serfaty (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Paula Campello Costa Lopes (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

Objetivos: O colículo superior é um dos principais centros visuais subcorticais em mamíferos, recebendo aferências das células ganglionares da retina (CGR), que estabelecem contatos sinápticos de forma ordenada no alvo. A formação do mapa topográfico retiniano depende de vários fatores. Diferentes citocinas vem sendo relacionadas ao desenvolvimento e plasticidade do sistema nervoso. Anteriormente demonstramos o papel da interleucina-2 no desenvolvimento das conexões retinotectais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o papel da interleucina-6 (IL-6) no desenvolvimento das projeções oriundas da retina no colículo superior de ratos. Métodos: Ratos Lister Hooded foram submetidos a injeção intravitrea de IL-6 ou veiculo (PBS) no olho direito no dia pos-natal 10 (DPN 10). Em DPN 13, os animais receberam injeção de peroxidase no olho esquerdo para traçar as projeções retinotectais contralaterais ao olho injetado com IL-6. Após sobrevida de 24 h, os animais foram perfundidos através do coração. Os cérebros foram retirados, congelados e cortados em fatias de 40 µm em orientação coronal e parassagital. A reação histoquímica revelou a marcação da peroxidase dos terminais retinianos no coliculo, os quais foram visualizados em microscópio óptico em campo escuro. Resultados: Nossos resultados mostram que os animais submetidos à injeção intraocular de PBS apresentam um padrão normal das aferencias retinanas, caracterizado pela formação de aglomerados delimitados de marcação de fibras nas regiões ventral e anterior do colículo superior. Por outro lado, os animais submetidos ao tratamento in vivo com a interleucina-6 apresentaram uma maior expansão dos terminais retinianos para regiões anômalas do colículo superior, se estendendo para regiões caudais do alvo. Conclusão: Nossos resultados indicam que o tratamento in vivo com IL-6 pode modular as projeções retinotectais, induzindo plasticidade no sistema visual de ratos. Estes dados sugerem que a interleucina-6 induza a uma alteração na atividade elétrica intra-retiniana e o consequente enfraquecimento das projeções retinianas contralaterais o que pode estar contribuindo para o brotamento das conexões retinianas ipsolaterais do olho intacto.


Palavras-chave:  Interleucina-6, Topografia, Via visual