SBNeC 2010
Resumo:J.124


Poster (Painel)
J.124TREINAMENTO FÍSICO EM ESTEIRA MELHORA ALTERAÇÕES DO COMPORTAMENTO MOTOR DE RATOS DIABÉTICOS
Autores:Sílvia Barbosa (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Patrícia Severo do Nascimento (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Letícia Lotin (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Gisele Agustini Lovatel (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Jocemar Ilha (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Beatriz D'agord Schaan (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Matilde Achaval (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

OBJETIVOS: Alterações sensoriais causadas pelo diabetes tem sido amplamente estudadas, no entanto, pouco se sabe sobre alterações motoras, assim como, os possíveis efeitos benéficos causados pelo treinamento físico. O objetivo deste estudo é avaliar o comportamento motor de ratos diabéticos submetidos ao treinamento físico em esteira. MÉTODOS: Ratos Wistar machos adultos foram divididos em ratos não-diabéticos (C; n = 10), ratos diabéticos (D; n = 8) e ratos diabéticos submetidos ao treinamento em esteira (TD; n = 10). O diabetes foi induzido por uma única injeção de 50mg/kg de estreptozotocina endovenosa, diluída em tampão citrato (TC), pH = 4,5. Os ratos do grupo C receberam somente TC. Após um período de jejum (6-8h), a glicemia foi avaliada 48h após a indução do diabetes e mensalmente durante o estudo. Foram incluídos nos grupos D e TD apenas os ratos que tiveram glicemia > 300 mg / dL. Na 4° semana após a indução do diabetes, os ratos foram submetidos ao teste de esforço máximo (TEM) para determinar a intensidade do treinamento, o qual foi realizado por oito semanas, cinco vezes por semana, duas vezes por dia. No final da 12° semana foi avaliado o comportamento motor dos ratos, com o uso do Rota Rod. Os ratos caminharam sobre o cilindro giratório elevado do equipamento durante 60 segundos, cinco vezes, com velocidade constante de 16 rpm. Então, foram analisados o número de quedas e o tempo de permanência no equipamento (em segundos), os quais foram analisados estatisticamente usando ANOVA de uma via, e teste post hoc de Bonferroni. Os dados apresentados são a média e erro padrão da média (EPM). RESULTADOS: Os níveis glicêmicos foram maiores nos grupos D e TD, comparados com C, 48h após a indução do diabetes (388 &#+177 15; 362 &#+177 13; 85 &#+177 3; P < 0,001) respectivamente, assim como no primeiro (489 &#+177 20; 453 &#+177 30; 89 &#+177 1,5; P < 0,001), segundo (510 &#+177 11; 520 &#+177 14; 90 &#+177 1,9; P < 0,001) e terceiro mês (508 &#+177 17; 511 &#+177 18; 95 &#+177 2; P < 0,001) após a indução do diabetes, respectivamente. Os animais do grupo D apresentaram maior número de quedas (4,2 &#+177 0,3), quando comparados com o grupo C (0,8 &#+177 0,3; P < 0,001) e TD (1,7 &#+177 0,4; P < 0,001). Não houve diferença entre os grupos C e TD (P > 0,05). Quanto ao tempo de permanência no equipamento, o grupo D permaneceu menos tempo no equipamento (37,5 &#+177 3,2) quando comparado ao grupo C (56,3 &#+177 1,7; P < 0,001) e TD (53,3 &#+177 2,3; P < 0,001); não houve diferença entre os grupos C e TD (P > 0,05). CONCLUSÃO: o diabetes causa alterações motoras em ratos, e as mesmas são revertidas pelo treinamento físico em esteira.


Palavras-chave:  Estreptozotocina, Neuropatia diabética, Rota Rod, Treinamento em esteira