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C.037 | A alteração da sensibilidade mecânica em ratos diabéticos é revertida pelo treinamento em esteira | Autores: | Patrícia Severo do Nascimento (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Letícia Lotin (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Gisele Agustini Lovatel (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Jocemar Ilha (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Sílvia Barbosa (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Lígia Aline Centenaro (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Beatriz D'agord Schaan (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do SulHCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre) ; Matilde Achaval (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) |
Resumo OBJETIVO: O treinamento em esteira em ratos diabéticos tem mostrado efeitos benéficos no controle da glicemia e sensibilidade à insulina, mas não há estudos que mostrem os efeitos do treinamento físico na sensibilidade mecânica de ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina (STZ). O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento em esteira sobre a sensibilidade mecânica de ratos diabéticos. MÉTODOS: Ratos Wistar machos adultos foram divididos em ratos não-diabéticos (C; n = 13), ratos diabéticos (D; n = 17) e ratos diabéticos submetidos ao treinamento em esteira (TD; n = 11). O diabetes foi induzido por uma única injeção de 50mg/kg de STZ endovenosa, diluída em tampão citrato (TC), pH = 4,5. Os ratos do grupo C receberam somente TC. Após um período de jejum (6-8h), a glicemia foi avaliada 48h após a indução do diabetes e mensalmente durante o estudo. Foram incluídos nos grupos D e TD apenas os ratos que tiveram glicemia > 300 mg / dL. Na 4° semana após a indução do diabetes, os ratos foram submetidos ao teste de esforço máximo (TEM) para determinar a intensidade do treinamento, o qual foi realizado por oito semanas, cinco vezes por semana, duas vezes por dia. No final da 12° semana as respostas mecânicas foram avaliadas medindo-se o limiar de retirada da pata em resposta ao estímulo, utilizando filamentos de von Frey. Os filamentos foram aplicados nos coxins adiposos das patas direita e esquerda, três vezes, iniciando com filamento de 10g e aumentando a espessura do mesmo, progressivamente, até que o rato retirasse a pata. A média do limiar de retirada da pata direita e esquerda foi usada para análise estatística, usando ANOVA de uma via e teste post hoc de Bonferroni. Os dados apresentados são a média e erro padrão da média (EPM). RESULTADOS: A glicemia foi maior nos grupos D e TD, comparados com C, 48h após a indução do diabetes (388 +177 15; 362 +177 13; 85 +177 3; P < 0,001) respectivamente, assim como no primeiro (489 +177 20; 453 +177 30; 89 +177 1,5; P < 0,001), segundo (510 +177 11; 520 +177 14; 90 +177 1,9; P < 0,001) e terceiro mês (508 +177 17; 511 +177 18; 95 +177 2; P < 0,001) após a indução do diabetes, respectivamente. O limiar de retirada em resposta a estímulos mecânicos foi menor no grupo D (44 +177 4,2), quando comparado com C (57,3 +177 2,6; P < 0,01) e com TD (60 +177 1; P < 0,006). Além disso, entre C e TD não houve diferença (P +177 0,05). CONCLUSÃO: O treinamento em esteira reverte a hipersensibilidade mecânica em ratos diabéticos, sem alterar os níveis glicêmicos. Palavras-chave: Estreptozotocina, Neuropatia diabética, Sensibilidade mecânica, Treinamento em esteira, von Frey |