SBNeC 2010
Resumo:A.049


Poster (Painel)
A.049O extrato de Mauritia flexuosa L. exerce efeito protetor contra a toxicidade induzida por metilmercúrio (MeHg) em cultura de células de retina.
Autores:Susanne Suely Santos Fonseca (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Rosivaldo dos Santos Borges (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Tarcyane Barata Garcia (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Karen Renata Matos Oliveira (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Maria Elena Crespo López (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Anderson Manoel Herculano Oliveira da Silva (UFPA - Universidade Federal do Pará)

Resumo

Objetivos: Avaliar o possível efeito protetor do extrato da Mauritia flexuosa L. (burití) contra a Toxicidade induzida por MeHg em culturas de células de retina de embrião de galinha. Materiais e métodos: Para a obtenção do extrato de Mauritia flexuosa, o fruto foi submetido a procedimento de extração alcoólica com hexano e metanol. Culturas primárias de células da retina de embrião de galinha foram produzidas a parir de ovos fertilizados com 8 dias de desenvolvimento embrionário. Estas células foram cultivadas em placas de 12 poços ou 24 poços e mantidas durante sete dias (C7) em estufa com atmosfera constituída de 95% de ar e 5% de CO2 a 37°C. Após a incubação, as culturas foram expostas a diferentes concentrações de metilmercúrio (1µM, 5µM e 10µM) por um período de 24h. A viabilidade celular foi determinada pelo método do MTT e os resultados expressos em percentagem do controle. Nos experimentos realizados para avaliar a ação da M. flexuosa 5 µg/ml e 10 µg/ml do extrato foram co-incubados com as concentrações de MeHg descritas acima, sendo este processo seguido pela avaliação da viabilidade celular. Avaliamos também o processo de peroxidação lipídica pelo método do Tbar nas situações controles e experimentais, sendo os resultados expressos em pmol de MDA/mL). Resultados: Nossos resultados mostram que somente a concentração 10µM de MeHg promoveu redução significativa da viabilidade celular nas culturas de retina (cerca de 85 ± 3%), sendo este processo acompanhado pelo aumento dos níveis de MDA nas culturas tratadas com MeHg (1,6 pmol de MDA/mL) em relação as controles (0,6 pmol de MDA/mL). Neste trabalho observamos também que o tratamento M. flexuosa (5µg/ml) reverteu significativamente a toxicidade induzida pelo MeHg (cerca de 50 ± 23%). Nenhuma alteração significativa na viabilidade celular foi observada nas culturas tratadas somente com as concentrações de M. flexuosa. Conclusão: O MeHg induz diminuição da viabilidade celular em culturas primárias de retina, sendo este fenômeno acompanhado por um intenso processo de estresse oxidativo, da mesma forma que, o co-tramento com extrato alcoólico de M. flexuosa reverte significativamente a toxicidade induzida pelo mercúrio em nosso modelo experimental.


Palavras-chave:  Maurtia flexuosa, neuroproteção, retina, MeHg