SBNeC 2010
Resumo:D.003


Prêmio
D.003LESÃO PIRAMIDAL: INFLUÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA MOTRICIDADE FINA
Autores:Ana Stela Salvino de Brito (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Renan Guedes de Brito (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Alana Cristina Alves Garcia (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Lívia Cristina Rodrigues Ferreira Lins (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Renata Newman Leite Cardoso dos Santos (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Daniela de Lucena Monteiro (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Doralúcia Pedrosa de Araújo (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Carlúcia Ithamar Fernandes Franco (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Objetivo: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma forma de doença cerebrovascular na qual vasos sanguíneos para o cérebro rompem-se, denominado AVE hemorrágico, ou tornam-se bloqueados por coágulos de sangue e substâncias gordurosas, denominado AVE isquêmico, privando o tecido encefálico de oxigênio, tendo como sintoma comum a perda de motricidade voluntária em um dimídio do corpo (hemiplegia), atingindo, na maioria dos casos, a função do membro superior contralateral ao hemisfério cerebral lesado, levando a um déficit nos movimentos finos da mão. Este estudo teve por objetivo avaliar o comprometimento da motricidade fina da mão afetada em indivíduos acometidos por AVE em fases subaguda e crônica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída de 40 indivíduos acometidos por AVE em fases subaguda e crônica, de ambos os gêneros, com idade de 39 a 98 anos, catalogados em 19 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) da cidade de Campina Grande - PB. Foram excluídos da pesquisa os indivíduos com diagnóstico clínico de AVE em fase aguda, diagnóstico de AVE associado a outras patologias neurológicas e idade inferior a 21 anos. Os instrumentos utilizados foi o item Atividades Finas das Mãos da Escala de Avaliação Motora (EAM) para AVE, com o intuito de avaliar a habilidade fina da mão afetada, e o “Purdue Pegboard Test”, instrumento utilizado para avaliar a destreza manual, o qual consiste na colocação de pinos em orifícios durante 30s, sendo aplicado tanto na mão afetada quanto na não afetada. Os dados foram analisados através do programa Graph Pad Prism 4.02, sendo os dados expressos em freqüência, percentil, média e desvio padrão da média, considerando-se significantes valores com p<0,05. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob o número 0111.0.133.000-10. Resultados: Com a análise dos dados, verificou-se que a idade média dos indivíduos foi de 65,9 ± 14 anos, sendo 75% do gênero masculino e 25% do feminino, com média de 3,5 ± 3,9 anos de acometimento. Dentre os avaliados 57,5% tiveram AVE do tipo isquêmico, 22,5% do tipo hemorrágico e 20% disseram não terem sido informados o tipo sofrido. Em relação ao dimídio atingido, 60% tiveram o lado direito afetado e 40% o esquerdo. Relacionado ao item Atividades Finas das Mãos da EAM para AVE, observou-se que os indivíduos apresentaram média de 2,4 ± 2,6, ou seja, déficit severo na habilidade fina da mão afetada, uma vez que a média geral foi inferior a 3. Quanto ao “Purdue Pegboard Test”, evidenciou-se diminuição significativa (p<0,0001) dos pinos com valores de 1,7 ± 2,3 da mão afetada quando comparados com valores de 6,9 ± 4,9 da mão não afetada. Conclusões: Com base nos dados obtidos, é possível sugerir que os indivíduos acometidos por AVE nas fases subaguda e crônica possuem déficit relevante da motricidade fina da mão afetada.


Palavras-chave:  Acidente vascular encefálico, hemiplegia, motricidade fina