SBNeC 2010
Resumo:D.002


Prêmio
D.002DOENÇA CÉREBRO-VASCULAR: CARACTERIZAÇÃO DA MARCHA EM PACIENTES ACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO CRÔNICO.
Autores:Karolinne Souza Monteiro (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Ana Stela Salvino de Brito (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Carla Danielle Tavares (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Clécio Gabriel de Souza (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Daniela de Lucena Monteiro (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Janaina de Noronha Nóbrega (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Renata Newman Leite Cardoso dos Santos (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Renan Guedes Brito (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) ; Carlúcia Ithamar Fernandes Franco (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA)

Resumo

Objetivos: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma patologia que afeta a função cerebral e, consequentemente, tem repercussão nas habilidades motoras do corpo, sobretudo na marcha, que apresenta comprometimentos no seu padrão fisiológico e restringe as atividades da vida diária pela deterioração de suas habilidades físicas. Desse modo, o objetivo desse estudo é avaliar o déficit na marcha em hemiparéticos crônicos. Métodos: Fizeram parte desta pesquisa 13 pacientes de ambos os sexos com diagnóstico clínico de AVE crônico (= ou > 6 meses) assistidos na Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB. Foram utilizados como instrumento de avaliação o Protocolo de Avaliação Neurológica para caracterização sócio-demográfica e clínica, o Time Up And Go Test (TUAG) para avaliar a velocidade de deambulação e o tempo gasto na execução do teste, cuja distância é baseada na Equação de referência para distância de caminhada em seis minutos em adultos saudáveis, proposta por Enright & Sherrill e o Teste de Caminha dos 6 minutos (TC6), que avalia a atividade habitual do dia-a-dia da marcha para avaliação do desempenho físico. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UEPB sob o Nº 0114.0.133.000-10. Os dados parciais foram expressos em média e desvio padrão, e analisados pelo Teste t de student. Resultados: A amostra foi composta por pacientes do sexo masculino (76,9%) com idade média de 55 ± 11,5 anos e do sexo feminino (23,1%) com 46 ± 5,0. O grau de escolaridade dominante foi o ensino médio completo (30,7%), seguido do fundamental incompleto (23,1%), fundamental completo e analfabeto (15,4%), superior e médio incompletos (7,7%). O AVE do tipo isquêmico predominou com 53,8%, seguido por 38,5% ignorado e 7,7% hemorrágico. Relacionado ao dimídio afetado, 76,9% correspondeu ao lado direito e 23,1 % ao esquerdo. No tocante ao domínio da hemiparesia, 69,2% foi de predomínio braquial e 30,8 % crural. Os pacientes do grupo experimental apresentaram diminuição significativa (p<0,0001) da distância percorrida com 274,4 ± 27,8, enquanto que o grupo controle apresentou valor de 549,8 ± 17,9. No TC6 evidenciou-se alterações significativas da freqüência cardíaca (p<0,001) com 75,8 ± 3,4 (antes) e 100,8 ± 5,8 (depois). Não houve alterações significativas da freqüência respiratória (19,2 ± 0,6 - antes) e (20,5 ± 0,9 – depois); saturação de oxigênio (95,0 ± 1,6 - antes) e (95,2 ± 0,4 – depois) e da pressão arterial média (93,0 ± 2,3 - antes) e (97,4 ± 1,3 - depois). A média do tempo de execução do TUAG foi de 20,3 ± 10,7 s. A maioria (53,8%) dos pacientes realizaram em tempo maior que 20 s, 46,2% entre 10 s e 20 s, e nenhum com menos de 10 s. Conclusão: Baseado nos resultados obtidos é possível sugerir que os hemiparéticos crônicos apresentam redução na velocidade da marcha e alto risco de quedas. Apoio financeiro: UEPB.


Palavras-chave:  ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO, HEMIPARÉTICOS CRÔNICOS, MARCHA