SBNeC 2010
Resumo:A.017


Poster (Painel)
A.017 EFEITO DE 2 MESES DE EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO NOS NÍVEIS DE PROTEÍNA C REATIVA EM INDIVÍDUOS SEDENTÁRIOS COM APNÉIA
Autores:Daniel Alves Cavagnolli (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Andrea Maculano Esteves (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Marilia Yuri Maeda (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Alexandre Paulino de Faria (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Sergio Tufik (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO) ; Marco Tulio de Mello (UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO)

Resumo

Introdução:A proteína C reativa (PCR) é um marcador inflamatório de fase aguda e de baixa especificidade que se encontra elevado em diversas situações patológicas podendo estar ligado ao desenvolvimento de doenças cardíacas e ao infarto agudo do miocárdio. A síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada por pausas respiratórias que ocorrem durante o sono causando redução da qualidade do sono e aumento da sonolência diurna. Em conseqüência da hipóxia e reoxigenação que ocorrem durante o sono, a SAOS pode estar relacionada ao desenvolvimento de fatores pró-inflamatórios e complicações cardiovasculares, fazendo com que indivíduos apneicos apresentem níveis elevados de PCR. Como os altos níveis de PCR e a SAOS são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a prática do exercício físico pode ser uma estratégia coadjuvante de baixo custo capaz de reduzir a massa corporal e o índice de massa corporal dos indivíduos apneicos, além de aumentar a força e a resistência dos músculos respiratórios diminuindo a concentração sanguínea de PCR e evitando o bloqueio das vias aéreas durante o sono. Com isso, indivíduos apneicos podem apresentar reduções significativas nos níveis de PCR e no índice de apnéia-hipopnéia. Objetivo: Avaliar o efeito de 2 meses de exercício físico aeróbio nos níveis de PCR em indivíduos sedentários apneicos. Métodos: Foram selecionados 35 voluntários (sexo masculino) sendo 22 apneicos (IAH > 5 + Escala de Sonolência de Epworth >= 10 ou IAH > 10) com média de idade de 39,2±8,8 anos e 13 do grupo controle (sem distúrbio do sono) com média de idade de 32±10,6 anos, sedentários. O exercício físico aeróbio foi prescrito em esteira, três vezes por semana em dias alternados, com quarenta minutos de duração na intensidade do limiar ventilatório 1. Foi realizado um exame polissonografico basal e outro no ultimo dia do treinamento para verificar o efeito do exercício físico. Inicialmente foi utilizado o teste Komolgorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados, em seguida foi feito o escore Z. O teste General Linear Models (GLM) foi então aplicado para verificar diferença e interação entre os grupos. Resultados finais: Não foi observada diferença significativa em relação aos valores basais comparados aos 2 meses de treinamento para SAOS (28,2 ± 22,3 x 26,8 ± 19,4) e PCR (0,27 ± 0,17 x 0,25 ± 0,18). Conclusão: O exercício físico aeróbio com carga equivalente ao LV1 realizado durante o período de 2 meses não alterou a PCR e também não alterou os principais parâmetros do sono. Apoio Financeiro: CEPID/FAPESP (#98/14303-3), AFIP, CNPq, CEPE - UNIFESP


Palavras-chave:  apnéia do sono, exercício físico, proteina C reativa