Prêmio
E.006 | EFEITO DA DEXAMETASONA SOBRE AS RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS NO LABIRINTO EM T ELEVADO E CAMPO ABERTO DE RATAS LACTANTES. | Autores: | Fabiana Cardoso Vilela (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Carla Martins de Melo (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) ; Alexandre Giusti-paiva (UNIFAL-MG - Universidade Federal de Alfenas) |
Resumo Objetivos: Avaliar o efeito da dexametasona sobre o comportamento de ratas lactantes e não-lactantes no labirinto em T elevado e campo aberto.
Métodos e Resultados: Ratas Wistar no 6º ou 7º dia de lactação e ratas não lactantes no período diestro (n=8 por grupo) foram tratadas com salina ou dexametasona. Para avaliação do campo aberto (CA), as ratas lactantes foram pré-tratadas com salina (1mL/kg, i.p.) ou dexametasona (1mg/kg, i.p.) e as ratas não lactantes com salina (1mL/kg, i.p.). Após 2hs, foram colocadas no centro do aparato e observou-se por 5min o nº de cruzamentos no centro e na periferia. Para o teste do labirinto em T elevado (LTE), após 2hs dos pré-tratamentos, cada rata foi colocada no final do braço fechado e o tempo gasto para sair do braço fechado foi registrado (baseline). Este procedimento foi repetido por mais 2 vezes com intervalos de 30seg (avoidance 1 e 2). Após 30 seg do avoidance 2, colocou-se cada rata no final de um dos braços abertos e verificou-se o tempo de fuga para o braço fechado. Todos os experimentos foram previamente aprovados pelo comitê de ética local (255/2009).
Resultados: No CA, observou-se que ratas não lactantes tiveram diminuição do nº de cruzamentos centrais e diminuição no efeito anti-tigmotático de 7,37±1,28 para 1,80±0,44 (p<0,001) e 0,16±0,02 para 0,04±0,01 (p<0,001) respectivamente quando comparado ao controle. As lactantes pré-tratadas com dexametasona tiveram diminuição do nº de cruzamentos centrais e diminuição no efeito anti-tigmotático de 7,37±1,28 para 1,77±0,27 (p<0,001) e 0,16±0,02 para 0,04±0,00 (p<0,001) respectivamente quando comparado ao controle. Não houve diferença significativa no nº de cruzamentos na periferia entre os 3 grupos. No LTE, as ratas não lactantes tiveram aumento no tempo basal (baseline), avoidance 1 e 2 de 23,13±6,11 para 127,3±42,12 (p<0,05); 86,75±38,07 para 211,8±38,29 (p<0,05) e 180,4±49,96 para 259,4±26,85 (p<0,05) respectivamente quando comparado ao controle. Houve também diminuição no tempo de fuga em ratas não lactantes de 40,29±10,08 para 82,67±28,62 quando comparado ao controle. Observou-se aumento de baseline e avoidance 1 em ratas com dexametasona de 23,13±6,11 para 141,5±37,13 (p<0,01) e 86,75±38,07 para 255,8±26,16 (p<0,01) respectivamente comparado ao controle.
Conclusão: A administração de dexametasona exerce um efeito ansiogênico no CA e LTE. As lactantes menos ansiosas, no entanto, quando tratadas com dexametasona exibiram um comportamento semelhante às ratas não lactantes em ambos os aparatos.
Apoio: FAPEMIG, CAPES, CNPq, FINEP.
Palavras-chave: Campo aberto, Dexametasona, Labirinto em T elevado, Ratas lactantes |