SBNeC 2010
Resumo:C.026


Prêmio
C.026AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE ESPACIAL DE CORES EM TRICROMATAS NORMAIS E DALTÔNICOS
Autores:Monica Gomes Lima (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Eliza Maria C. B. Lacerda (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Givago S. Souza (UFPA - Universidade Federal do ParáUFPA - Universidade Federal do Pará) ; Bruno D. Gomes (UFPA - Universidade Federal do ParáUFPA - Universidade Federal do Pará) ; Anderson R. Rodrigues (UFPA - Universidade Federal do Pará) ; Luiz Carlos L. Silveira (UFPA - Universidade Federal do ParáUFPA - Universidade Federal do Pará)

Resumo

Objetivos. Neste trabalho avaliamos a sensibilidade ao contraste espacial cromático (SCEC) em tricromatas normais e daltônicos para diferentes contrastes e faixas etárias, com o objetivo de criar dados normativos e conhecer o comportamento do sistema visual desses sujeitos nessas condições. Métodos e Resultados. Utilizamos redes senoidais cromáticas estacionárias de 6,5º por 5°, com luminância média de 15 cd/m², as quais foram construídas ao longo de três eixos cromáticos: azul-vermelho, vermelho-verde e azul-verde (vermelho: x= 0,576, y= 0,382; verde: x= 0,243, y= 0,626; azul: x= 0,141, y= 0,067). Foram avaliados 240 sujeitos tricromatas normais (148 mulheres e 92 homens), que realizaram um total de 314 testes distribuídos segundo a faixa etária e o teste psicofísico empregado: SCEC Verde-Vermelha: 16 a 30 anos, n=50; 31 a 45, n=40; 46 a 60 anos, n=31; SCEC Azul-Verde: 16 a 30 anos, n=43; 31 a 45, n=30; 46 a 60 anos, n=30; SCEC Azul-Vermelha: 16 a 30 anos, n=30; 31 a 45, n=30; 46 a 60 anos, n=30. Foi realizado teste monocular em 4 freqüências espaciais – 0,1, 0,2, 0,5 e 1cpg – e 10 diferentes proporções de luminância e cor. As diferenças estatísticas foram avaliadas com o teste ANOVA de uma via (p<0,05), e análise post-hoc (Tukey test). Foram avaliados ainda 24 sujeitos daltônicos (18 deutans e 6 protans) que realizaram um total de 62 testes analisados pelo Teste-t, amostras pareadas (p<0,05). Os resultados dos tricromatas normais mostraram que a SCEC Verde-Vermelha foi maior que a SCEC Azul-Verde em todas as faixas etárias e freqüências espaciais. A SCEC Verde-Vermelha ainda foi maior que a SCEC Azul-Vermelha em todas as freqüências espaciais em 31-45 e 46-60 anos, e em 16-30 anos foi maior em 0,1, 0,2 e 1,0 cpg. Em 16-30 anos, a SCEC Azul-Verde diferiu da SCEC Azul-Vermelha em 0,1, 0,2 e 1,0 cpg; 31-45 anos em 0,5 e 1,0 cpg; 46-60 anos em 0,1 e 0,2 cpg. Além dessas diferenças entre os testes, encontrou-se que a SCEC e a sensibilidade ao contraste espacial de luminância (SCEL) foram maiores para faixas etárias mais jovens e menores para faixas etárias mais velhas em todas as freqüências espaciais avaliadas. Tanto sujeitos deutan quanto protan apresentaram menor SCEC para todas as freqüências espaciais e em todos os testes empregados. Conclusão. O envelhecimento leva a uma diminuição da SCEC e, conseqüentemente, na SCEL. Fatores neurais e ópticos podem contribuir para esse fenômeno.


Palavras-chave:  Sensibilidade ao contraste, Visão de cores, Psicofísica visual, Daltonismo, Envelhecimento visual