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F.077 | AVALIAÇÃO ETOLÓGICA DO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO ABERTO | Autores: | Tatiani Sorregotti (FCFAR/UNESP - FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS) ; Joyce Mendes Gomes (FCFAR/UNESP - FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS) ; Ricardo Luis Nunes de Souza (FCFAR/UNESP - FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS) |
Resumo Objetivos: O Labirinto em Cruz Elevado Aberto (LCEa) é derivado do Labirinto em Cruz Elevado Padrão e consiste de 4 braços abertos elevados do solo por um suporte de madeira. O LCEa tem sido utilizado com frequência nas pesquisas realizadas em nosso laboratório, uma vez que a exposição a este aparato provoca antinocicepção de elevada magnitude em camundongos e ratos (Behav Brain Res. 203:180, 2009; Physiol Behav. 96:440, 2009). Com o propósito de correlacionar a resposta antinociceptiva com comportamentos defensivos exibidos no LCEa faz-se necessário inicialmente conhecer o repertório comportamental defensivo de camundongos expostos a essa condição. Assim, o presente estudo investigou o perfil comportamental apresentado por camundongos expostos ao LCEa.
Métodos: Camundongos Suíços machos (n=100) foram expostos por 5 minutos ao LCEa para o registro dos seguintes comportamentos: duração (em segundos) e frequência de entradas em cada compartimento [centro (C) e braços em suas porções proximal (BP), intermediária (BI) e distal (BD)]; tempo gasto andando agachado (semelhante ao comportamento de esticadas, porém o animal está em locomoção); frequência de mergulhos (projeção da cabeça em direção ao solo da sala experimental) e esticadas (estiramento do corpo e da cabeça, sem movimentar as patas traseiras).
Resultados: Os animais permaneceram por mais tempo (T) no centro quando comparado a cada compartimento dos braços (TC: 121,7+1776,5; TBP: 82,2+1773,1; TBI: 44,4+1772,7; TBD: 51,8+1773,9) e exibiram uma maior frequência (F) de entradas nas porções proximais dos braços (FC: 11,9+1770,5; FBP: 18,2+1770,9; FBI: 12,7+1770,8; FBD: 5,9+1770,4). Os camundongos exibiram também maior tempo andando agachado quando passavam pelas porções proximais e intermediárias dos braços (TC: 1,4+1770,2; TBP: 5,4+1770,4; TBI: 7,1+1770,6; TBD: 1,9+1770,2). Finalmente, os animais apresentaram maiores frequências de esticadas (FC: 19,0+1771,1; FBP: 9,5+1770,5; FBI: 5,0+1770,4; FBD: 12,3+1770,9) e de mergulhos (FC: 13,6+1770,7; FBP: 10,5+1770,6; FBI: 4,03+1770,4; FBD: 8,4+1770,8) quando estavam no centro.
Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram que os animais expostos ao LCEa permaneceram cerca de 68% do tempo entre o centro e a porção proximal do aparelho, locais onde apresentaram mais comportamentos defensivos como esticar (62,22%) e mergulhar (65,97%). Para validação etofarmacológica do LCEa, a próxima etapa de nosso estudo investigará os efeitos de fármacos ansiolíticos e ansiogênicos sobre o perfil comportamental defensivo de camundongos expostos ao teste.
Apoio financeiro: CNPq; FAPESP; PADC/FCF-UNESP Palavras-chave: LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO ABERTO, COMPORTAMENTOS DEFENSIVOS, ANÁLISE ETOLÓGICA |