SBNeC 2010
Resumo:D.004


Prêmio
D.004Auto-eficácia para quedas como mediador entre cognição e independência funcional em idosos da comunidade
Autores:Lílian Atalaia da Silva (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Cláudia Helena Cerqueira Mármora (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Kelly Cristina Atalaia da Silva (UPO - Universidad Pablo de Olavide de Sevilla) ; Danielle Viveiros Guedes (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Eliane Ferreira Carvalho Banhato (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; Roberto Alves Lourenço (UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

Resumo

Auto-eficácia para quedas como mediador entre cognição e independência funcional em idosos da comunidade Atalaia-Silva L1; Mármora CHC1; Atalaia-Silva KC2; Guedes DV1; Banhato ECF1; Lourenço,RA3 1 Universidade Federal de Juiz de Fora 2 Laboratório de Neurociência Funcional, Universidad Pablo de Olavide de Sevilla 3 Universidade Estadual do Rio de Janeiro Palavras-chave: Cognição, quedas, auto-eficácia para quedas, MEEM, AIVD Alterações cognitivas podem comprometer o planejamento e a execução do movimento, predispondo o indivíduo idoso a quedas. Essa maior vulnerabilidade pode contribuir para um quadro de insegurança em relação a sua auto-eficácia durante a marcha, podendo ocasionar comprometimento na capacidade funcional e independência do idoso. Objetivos:1)- Avaliar a associação entre o funcionamento cognitivo global e a auto-eficácia para quedas; 2)- Analisar a relação entre o estado cognitivo global e o histórico de quedas, 3)- Verificar se histórico prévio de quedas e avaliação subjetiva de auto-eficácia para quedas estão associadas a um pior desempenho nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Métodos: Estudo do tipo transversal - projeto FIBRA, núcleo Juiz de Fora - aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora. A amostra foi constituída por 430 idosos da comunidade de Juiz de Fora, com idade variando entre 65 e 99 anos (74,76,9). Os instrumentos utilizados foram o mini-exame do estado mental (MEEM), a escala de AIVD de Lawton, a escala de auto-eficácia para quedas (FES-I), e o questionário de histórico de quedas. As análises foram feitas no programa estatístico SPSS 15.0. Resultados: Observamos correlação estatisticamente significativa entre cognição e auto-eficácia para quedas (r=-0,184; p<0,001), entre AIVD e histórico de quedas (r=-0,156; p<0,001), entre auto-eficácia para quedas e histórico de quedas (r=0,116; p<0,05), entre auto-eficácia para quedas e AIVD (r=-0,316; p<0,001), e entre auto-eficácia para quedas e histórico de quedas (r=0,116; p<0,05). Destacamos que a relação entre cognição global e histórico de quedas não apresentou correlação significativa. Conclusões: Este estudo aponta para o fato de que um baixo rendimento cognitivo global está associado a um aumento do medo de cair, assim como elevado medo de cair está associado a maior comprometimento nas AIVDS. Interessante ressaltarmos que a medida objetiva de avaliação de quedas (histórico de quedas) não obteve associação com a medida de cognição global. Esses resultados indicam que a avaliação subjetiva de auto-eficácia para quedas em idosos supostamente saudáveis talvez seja um bom indicador indireto de saúde cognitiva e de independência funcional. Futuros estudos devem avaliar o poder preditivo desta medida, a fim de avaliar se a auto-eficácia para quedas será capaz de predizer o desfecho declínio cognitivo com o passar dos anos.


Palavras-chave:  AIVD, Auto-eficácia para quedas, Cognição, MEEM, Quedas