Poster (Painel)
C.020 | CARACTERIZAÇÃO NEUROQUÍMICA DAS CÉLULAS GANGLIONARES, CÉLULAS HORIZONTAIS E BASTONETES NA RETINA DO MOCÓ (Kerodon rupestris). | Autores: | Expedito Silva do Nascimento Jr (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Francisco Gilberto Oliveira (URCA - Universidade Regional do CaririUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Belmira Lara da Silveira Andrade da Costa (UFPE - Universidade Federal do Pernambuco) ; Jeferson de Souza Cavalcante (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Joacil Germano Soares (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; José Rodolfo Lopes de Paiva Cavalcanti (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Twila Barros de Sousa (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Miriam Stela Maris de Oliveira Costa (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo INTRODUÇÃO: A retina é especializada em transduzir sinais fóticos em sinais elétricos e transmitir aos centros nervosos informações referentes aos diversos atributos da informação visual. Entre os tipos celulares destacam-se as células horizontais envolvidas nos processos de inibição lateral que acentuam o contraste; fotorreceptores chamados bastonetes envolvidos numa maior adaptação ao escuro; e as células ganglionares responsáveis por conectar a retina ao cérebro. O presente trabalho teve como objetivo identificar a distribuição de células horizontais, bastonetes e células ganglionares na retina do mocó (Kerodon rupestris) um roedor típico da região Nordeste do Brasil que habita áreas rochosas em regiões de Caatinga e que nos últimos anos vem sendo utilizado como modelo experimental pelo Laboratório de Cronobiologia-UFRN. METODOLOGIA: Os animais foram anestesiados, tiveram os olhos enucleados, feitas janelas de abertura na córnea e fixados por imersão em paraformaldeído 4%. Para caracterização neuroquímica, algumas retinas foram cortadas em criostato e outras dissecadas por inteiro (wholemount) e submetidas à marcação imunohistoquímica para caracterizar células ganglionares (anti-betatubulina), horizontais (anti-calbindina) e bastonetes (anti-rodopsina). Todos os procedimentos experimentais foram realizados de acordo com as normas estabelecidas pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Animais (CEPA/Protocolo: 015-2009) da UFRN e devidamente autorizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis-IBAMA (Licença nº 22.403-1 de 24/12/2009). RESULTADOS: Os resultados preliminares demonstram células ganglionares marcadas por imunohistoquímica contra betatubulina em toda a extensão da camada de células ganglionares. Também foram caracterizadas células horizontais marcadas contra calbindina na camada plexiforme externa e uma grande quantidade de bastonetes foi identificada por imunohistoquímica contra rodopsina. CONCLUSÃO: Nossos resultados demonstram que as células reveladas por imunohistoquímica na retina do mocó estão distribuídas nas camadas previamente descritas em outros modelos experimentais, com morfologia e densidade características. Os dados sugerem uma importante contribuição para a visão escotópica. Palavras-chave: mocó, retina, células ganglionares, células horizontais, bastonetes |